Sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A balança comercial brasileira registrou superávit de 4,34 bilhões de dólares em outubro

A balança comercial registrou superávit (quando exportações são maiores do que importações) de 4,343 bilhões de dólares em outubro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nessa quarta-feira (6).

O saldo representa uma queda de 52,7% em relação a outubro de 2023, quando o país teve resultado positivo de US$ 9,2 bilhões.

No acumulado do ano (de janeiro a outubro), o saldo é de US$ 63,02 bilhões — o que representa uma queda de 22%. Com isso, o valor ficou abaixo do registrado no mesmo período em 2023, quando atingiu US$ 80,2 bilhões.

Em 2024, as exportações totalizaram US$ 284,46 bilhões e as importações US$ 221,44 bilhões. Com isso, até outubro deste ano o superávit é de US$ 63,02 bilhões.

A balança comercial contabiliza os valores das importações e das exportações de mercadorias. Um saldo positivo (superávit) significa que o país exporta mais do que importa.

O governo federal informou que em outubro:

– As exportações caíram 0,7% e somaram US$ 29,46 bilhões

– As importações cresceram 22,5% e somaram US$ 25,12 bilhões.

O desempenho das exportações ocorreu devido os seguintes fatores:

– Queda de US$ 5,60 bilhões (-12,8%) na agropecuária;

– Recuo de US$ 6,4 bilhões (-14,5%) na indústria extrativa; e

– Alta de US$ 17,26 bilhões (+10,9%) na indústria de transformação.

Já o desempenho das importação foi motivado pelos seguintes fatores:

– Crescimento de US$ 0,47 bilhões (+32,6%) na agropecuária;

– Baixa de US$ 1,54 bilhões (-9,6%) na indústria extrativa; e

– Alta de US$ 22,95 bilhões (+25,5%) na indústria de transformação.

Em Outubro/2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -12,8% em Agropecuária, que somou US$ 5,60 bilhões; queda de -14,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,40 bilhões e, por fim, crescimento de 10,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 17,26 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações.

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (-32,8%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( -3,0%) e Soja (-31,3%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-18,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-41,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-10,8%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-24,2%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-46,6%) e Instalações e equipamentos de engenharia civil e contrutores, e suas partes (-43,7%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (114,7%), Café não torrado (62,7%) e Algodão em bruto ( 15,4%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (100,6%), Minérios de alumínio e seus concentrados ( 89,2%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados ( 52,1%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ( 47,2%), Açúcares e melaços ( 14,4%) e Celulose (83,8%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no ano

No acumulado Janeiro/Outubro 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -8,9% em Agropecuária, que somou US$ 64,01 bilhões; crescimento de 7,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 68,42 bilhões e, por fim, crescimento de 2,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 150,58 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (43,4%), Café não torrado (54,4%) e Algodão em bruto (110%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (3,4%), Minérios de cobre e seus concentrados (11%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (10,6%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (24,2%), Açúcares e melaços (32,8%) e Celulose (33,9%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-52,7%), Milho não moído, exceto milho doce (-40,2%) e Soja (-15,6%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-26,7%), Minérios de níquel e seus concentrados (-22,3%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-28%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-13,4%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-50,2%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-24,2%) na Indústria de Transformação.

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