Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 26 de novembro de 2021
A ozonioterapia faz parte, desde de 2018, das modalidades de práticas integrativas e complementares em saúde, incluídas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no Sistema Único de Saúde (SUS). Em razão da recente inserção, esta prática complementar de tratamento ainda carece de maior investimento público em formação de profissionais e de estrutura como forma de fomentar a utilização desses recursos de tratamento complementar.
Diversas patologias podem ser tratadas com ozonioterapia. A Úlcera do pé diabético (uma das complicações sérias e comuns de diabetes mellitus de tipo 1 e tipo 2) é um exemplo. Isso porque a ozonioterapia contribui acelerando a formação de tecidos e diminuindo o tempo de cicatrização.
O ozônio também possui um mecanismo de ação dupla, pois age tanto como analgésico quanto anti-inflamatório. Além disso, é um potente oxidante e melhora a oxigenação sanguínea. Sendo assim, recebe o papel de potencializar o tratamento para úlceras do pé diabético, uma vez que a ozonioterapia é uma ferramenta terapêutica complementar que auxilia na melhora da qualidade de vida de pacientes e reduz a necessidade de amputação do membro acometido.
Vale destacar que a ozonioterapia começou a ser utilizada na medicina há mais de 20 anos como complemento de terapias estéticas e como potencial agente no tratamento de doenças autoimunes. É preciso frisar ainda que a função principal do ozônio não é substituir os fármacos, mas sim melhorar os resultados do tratamento clínico e farmacológico.
O tratamento com ozônio pode ser considerado uma vantagem para saúde pública, já que trata-se de uma alternativa de baixo custo e que promove a aceleração do processo cicatricial. A fisioterapia, inserida no contexto de equipes multidisciplinares na área da saúde e associada a outras áreas do conhecimento, tem importante papel na promoção da cicatrização de feridas crônicas.
Karina Garcia – fisioterapeuta