Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025

A lista de 23 convocados trouxe surpresas para o jogo do Brasil contra o Marrocos

A primeira convocação da seleção brasileira depois da Copa do Mundo do Catar foi o resumo do que a CBF e o presidente Ednaldo Rodrigues gostariam de passar para o torcedor neste novo ciclo que se inicia. Com Ramon Menezes no comando interino para o amistoso contra Marrocos, no dia 25, e sem a perspectiva de um treinador que assuma em definitivo pelo menos até o meio do ano — Carlo Ancelotti, do Real Madrid, é o alvo —, a lista de 23 convocados trouxe surpresas que passam pela tentativa da entidade de gerar maior conexão com o povo.

“Não envolve só a competência, tem a ver com o envolvimento com o país, as diretrizes da entidade. Ter um olhar com muito critério para as bases. Respeitamos os (jogadores) experientes, mas tem muita gente nova querendo oportunidade para ser o futuro do futebol brasileiro”, afirmou Ednaldo Rodrigues.

Não à toa há nove estreantes e oito atletas que atuam em clubes do Brasil, a maioria jovens — média de 24 anos. Na tentativa de equilibrar a lista para uma transição e de olho no adversário em campo, Ramon se cercou de jogadores com os quais trabalhou no Sul-Americano sub-20, e manteve uma base titular que foi ao Catar, deixando de fora jogadores do Brasil e do exterior que tiveram poucas oportunidades com Tite no fim do último ciclo. Outros, como Raphael Veiga e Rony, do Palmeiras, apareceram após serem ignorados, especialmente o meia.

Do Rio, os novatos Andrey Santos, do Vasco, André, do Fluminense, e João Gomes, vendido pelo Flamengo ao Wolverhampton fizeram uma espécie de contrapeso. Pedro e Gabigol, presentes no último ciclo, ficaram de fora. Os menos conhecidos foram Mycael, goleiro do Athletico-PR, Arthur, lateral do América-MG e Robert Renan, zagueiro do Zenit, da Rússia. Os três, ao lado do atacante Vitor Roque, outro do Furacão, foram campeões com Ramon do Sul-Americano sub20. No mais, 11 jogadores que estiveram no Catar, 10 de fora do Brasil e o goleiro Weverton, do Palmeiras.

Ramon entendeu que era o momento de dar oportunidade aos jovens em relação a uma lista de jogadores que estão nos planos mas não vinham atuando como titulares.

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