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Por Redação Rádio Pampa | 27 de fevereiro de 2019
Foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (27), uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Polícia Civil de Santa Catarina (PC) chamada “Operação Psy Trance”. A organização criminosa se dedicava à fabricação, distribuição e comercialização da droga sintética MDMA (mais conhecida como ecstasy) no estado catarinense. Na operação, foram localizados 33,3 quilos da substância.
Cerca de 50 policiais federais, civis e rodoviários federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça nas cidades de Anitápolis, Balneário Camboriú, Camboriú, Joinville e Rio dos Cedros. O laboratório onde era produzida a droga foi localizado em Rio dos Cedros, no Vale do Itajaí – local em que cinco homens foram presos em flagrante (dois, pelo menos, possuem antecedentes criminais). Uma empresa que atua com produtos químicos em Joinville também é alvo da investigação.
A ação localizou 33,3 quilos de ecstasy puro, o que renderia cerca de 300 mil comprimidos da droga, segundo a polícia. Além da substância, foram apreendidos diversos produtos químicos no local. Estima-se que, com o uso dos materiais, ainda poderiam ser produzidos mais 300 mil cápsulas, o que resultaria em 600 mil novas amostras.
Investigação
De acordo com o delegado Alex Biegas, a suspeita do crime iniciou em fevereiro de 2018 devido a uma investigação por parte da Polícia Federal. A instituição, na época, encontrou um laboratório no bairro dos Espinheiros (Itajaí) com diversas caixas de produtos químicos, rotuladas com o nome da empresa posteriormente envolvida na Operação Psy Trance. A partir da desconfiança, começou a ser feito um levantamento de informações a respeito do que havia sido apreendido.
Vale lembrar que toda empresa que comercializa produtos químicos é obrigada a prestar declaração para a PF, com o objetivo de ser registrado, por exemplo, o tipo de material em circulação, bem como entradas e saídas do produto. “Como foi constatado que a distribuição estava sendo feita com diversos CPF’s, que representavam mais pessoas físicas do que jurídicas, estranhamos, até porque eles não correspondiam ao perfil ‘habitual’, explicou Biegas.
A partir de então, a análise passou para o plano qualitativo. Em paralelo, foi observada a relação direta entre os materiais encontrados e os produtos necessários para a fabricação de ecstasy, além da descoberta de dois nomes possivelmente envolvidos. “Devido ao quadro probatório robusto, conseguimos o mandato de busca e apreensão”, esclareceu. Como observado pelo delegado, a importância do crime ter sido desarticulado antes do carnaval é fundamental, uma vez que o consumo de drogas aumenta nessa época do ano.
*Estagiária sob supervisão de Marjana Vargas