Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 29 de novembro de 2021
Diretores de agências reguladoras como Andre Pepitone, da Aneel (energia elétrica), articulam mudar a Lei das Agências (13.848), que proíbe recondução, utilizando-se de uma jogada esperta para driblar o impedimento. Como? Aprovando nova Lei das Agências, que permita sua recondução para um novo mandato, que agora seria de 5 anos. Assim, eles seriam nomeados “de acordo com a lei em vigor”, isto é, a nova lei. Na imaginação deles, isso descaracterizaria a recondução.
Não têm limites
Nomeados sob vigência de outra lei, a revogada, os espertalhões se habilitariam a nova nomeação sob nova lei, com mandato ampliado.
Lobby coletivo
Dirigentes das 11 agências reguladoras têm interesse na jogada, e até ex-dirigentes, como Dirceu Amorelli (ANP), louco para retomar o cargo.
O poder inebria
Pepitone anda aflito com o fim do seu mandato, em agosto de 2023, e alimenta a fantasia de alterar a lei para continuar no cargo.
Oposição aderindo
No Congresso, a reação é de espanto, mas há parlamentares dispostos a embarcar na mudança casuísta da Lei das Agências.
Vacinação contra covid tem mais êxito que da gripe
O Brasil chegou a impressionantes 132 milhões de pessoas vacinadas totalmente pelo Ministério da Saúde. O resultado já é melhor que a maioria das vacinações contra a gripe realizadas na última década, que começam com meta de 90%, mas raramente a atingem. Com a média de doses aplicadas ainda acima de 1 milhão por dia, é possível chegar a 90% do público-alvo imunizados contra a covid antes do final do ano.
Script anual
A campanha da gripe começa com aplicação apenas no público-alvo, mas ao fim, sobram doses e a vacinação é liberada para os demais.
Fechado com a vacina
Não há dúvida que o Brasil abraçou a campanha contra a covid e não há sinal de diminuição do comprometimento, como nos EUA e Europa.
Ritmo alucinante
Dados do vacinabrasil.org mostram que em setembro o Brasil tinha 57,5% do público-alvo vacinado. Ao fim de outubro, já passava de 73%.
Fundo terá fundos?
Está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado de terça (30) o projeto de senador Rogério Carvalho (PT-SE) criando um fundo para “controlar a volatilidade dos preços dos combustíveis”.
Conta dos precatórios
Caso a PEC não seja aprovada, a despesa com precatórios será de R$ 89,1 bilhões em 2022. Equivale a um aumento de 78,7% em relação ao total pago ano passado (R$ 49,9 bilhões) e quase 1% do PIB brasileiro.
Gente ruim
Indicadores de perda de confiança na economia são filhos diletos dos ativistas do apocalipse, “analistas do mercado” que ignoram ou relativizam o que é positivo, e superestimam tudo o que é negativo.
O campo bombando
O comércio de máquinas agrícolas bateu recorde em 2021, no Brasil impressionante crescimento de 40%, segundo a Abimaq, ONG dedicada a pesquisa e desenvolvimento tecnológico da indústria.
Independência
Ao pedir à Anvisa a inclusão de BioManguinhos como produtora de IFA para vacinas contra covid-19, a Fiocruz deve, até o fim do ano, ter a capacidade de entregar as primeiras vacinas 100% feitas no Brasil.
Figura manjada
Relator da proposta que limita o valor das emendas do relator, Marcelo Castro (MDB-PI) já avisou que vai “cumprir à risca” a decisão do STF. Ele foi o ministro da Saúde do governo Dilma, de triste memória.
Em Portugal
A bandeira de Portugal completa 111 anos nesta quarta (1º). Adotada em 1910, a flâmula verde-rubra é símbolo da República criada naquele ano, após mais de 800 anos de uso do branco e azul da monarquia.
Estados ingovernáveis
Presidente do conglomerado argentino Techint, Paolo Rocca defendeu a função do setor privado durante o Alacero, encontro da indústria do aço latino-americana. “Se não mudarmos (o crescente papel do Estado na região) os países da América Latina serão ingovernáveis”.
Pergunta nos postos
Quando notícia da África derruba o preço do petróleo no mundo, é globalização. E depois, quando a gasolina não cai no Brasil, é o quê?
PODER SEM PUDOR
Confissão a jato
Joaquim Felizardo era um velho militante e foi logo preso, no golpe de 1964. Aguardava a vez de ser interrogado no corredor do Dops, ao lado de outro suspeito de ser comunista, um advogado gay, quando o delegado gritou: “Tragam o pederasta e o comuna!” Progressista, mas nem um pouco politicamente correto, Felizardo deu um salto à frente para confessar rapidinho: “Doutor, o comunista sou eu, hein?”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos