Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025

Água de Porto Alegre recebe mais cloro, após reclamações sobre mudanças de gosto e cheiro

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre ampliou nesta semana a dose de dióxido de cloro utilizada no tratamento do líquido que chega às torneiras da população. Aplicado aos sistemas de abastecimento Moinhos de Vento e São João, que abastecem quase 60 bairros da cidade, o procedimento é motivado por reclamações sobre mudanças de gosto e cheiro da água nas últimas semanas.

De acordo com a diretora de Tratamento e Meio Ambiente do Departamento, Joice Becker, as alterações em ambas as características não causam qualquer risco à saúde. “Trata-se de um fenômeno natural do Guaíba no verão”, explica.

Antes, os sistemas São João e Moinhos de Vento recebiam 0,7 ppm (partes por milhão) de dióxido de cloro no tratamento – dose agora elevada para 1 ppm. Por outro lado, nas demais estações de tratamento (Menino Deus, Tristeza, Belém Novo e Ilhas), permanece o índice de 0,7 ppm.

São realizadas 2,4 mil análises diárias da água da capital gaúcha, tanto nos pontos de captação quanto em todas as etapas do tratamento e distribuição. Com isso, o Dmae garante a potabilidade do líquido vital. Técnicos monitoram a evolução do fenômeno, para que eventuais novos ajustes sejam providenciados. Não está descartada a adoção de medidas de médio e longo prazos, já que o fato tem se repetido a cada ano.

A semana de 29 de janeiro a 5 de fevereiro teve 42 reclamações sobre estranhamento da água ao paladar e olfato. Os protocolos foram abertos por meio do Sistema 156 e, segundo a prefeitura, representam uma queda de 35% em relação à semana anterior (64 chamados).

Algas

Neste verão, não foi identificada a floração de algas nos pontos de captação de água bruta do Guaíba. As alterações de gosto e odor, portanto, são atribuídas à redução natural do nível do lago durante a estação mais quente e menos chuvosa do ano. Além disso, a água apresenta menos turbulência, permitindo a entrada de mais luz, o que também contribui para a mudança nas características do manancial.

A rotina de captação, tratamento e distribuição da água segue os padrões da Portaria nº 888/2021, do Ministério da Saúde, fiscalizada pela Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde. As análises são realizadas no manancial, nas estações de tratamento e em pontos estratégicos da distribuição.

Os relatórios de qualidade da água, gerados mensalmente pelo Dmae, podem ser conferidos na página virtual prefeitura.poa.br/dmae. Outras avaliações estão disponíveis no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saúde.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Porto Alegre

De forma inédita, evento de entrega do maior prêmio da internet brasileira será realizoda em Porto Alegre
Prazo para pagamento do IPTU de Porto Alegre com desconto de até 11% termina nesta sexta-feira
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play