Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Amostra de asteroide pode indicar origem da vida

A Nasa se prepara para receber uma amostra coletada do asteroide Bennu. Se tudo ocorrer como o previsto, o laboratório da agência, em Houston, nos Estados Unidos, deve ter contato com o material até o fim de setembro.

A expectativa é que as amostras possam trazer mais detalhes sobre como a vida pode ter surgido na Terra. “Não esperamos que haja nada vivo, mas [sim] os componentes básicos da vida e isso é o que motivou a coleta deste tipo de asteroide, compreender quais foram os precursores que podem ter fomentado a vida em nosso sistema solar e na Terra”, disse Nicole Lunning

A missão que vai trazer o material é a OSIRIS-REx, enviada em 2016 e que alcançou o asteroide em 2018. Desde 2020, a sonda está em uma longa jornada para a Terra.

Segundo as observações do asteroide, esperamos muitas rochas bastante escuras, potencialmente de diferentes tipos. Terão alguma coisa de carbono, bem como compostos orgânicos

A OSIRIS-REx deve aterrissar no dia 24 de setembro. O material vai estar em uma enorme caixa de metal com parte de vidro. Os cientistas vão ser que usar buracos com luvas nas laterais para selecionar as amostras que serão analisadas.

O principal cuidado dos cientistas é em conservar o material sem nenhum tipo de contaminação, por isso, a amostra deve permanecer algum tempo no recipiente em que chegar à Terra.

“Estas amostras não atingiram a Terra. Não estiveram expostas à nossa atmosfera, não estiveram expostas a nada exceto o espaço hostil durante bilhões de anos. Elas vão nos ajudar a determinar se o que realmente pensamos que é verdade, é verdade”, detalhou Eve Berger, cosmoquímica da missão.

Os cientistas esperam que as amostras, de uma época em que o Sol e os planetas ainda estavam em formação, revelem o que aconteceu na Terra para a vida surgir.

Cuidados com a amostra

Em 24 de setembro, quando a sonda aterrissar, as preciosas amostras estarão contidas em uma caixa de metal com parte de vidro, sendo selecionadas pelos cientistas usando luvas através de buracos laterais.

O cuidado para manter o material livre de contaminação é essencial, preservando-o em sua forma original como esteve no espaço por bilhões de anos.

Eve Berger, cosmoquímica da missão, destaca que a importância dessas amostras inalteradas reside em sua capacidade de confirmar ou refutar teorias sobre a formação da Terra e o surgimento da vida.

A expectativa é que essas preciosas amostras, datadas de uma época em que o Sol e os planetas estavam em formação, revelarão os mistérios há muito tempo guardados sobre o surgimento da vida em nosso planeta e o processo que moldou nosso Sistema Solar.

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