Sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Animada, delegação brasileira desfila pelo rio Sena em icônica abertura da Olimpíada de Paris

A bandeira do Brasil tremulou pelas águas do rio Sena, nesta noite parisiense dessa sexta-feira (26), em uma das mais icônicas cerimônias de abertura da história das Olimpíadas. O canoísta Isaquias Queiroz e a capitã da seleção feminina de rugby de sete Raquel Kochhann foram os porta-bandeiras que conduziram o símbolo nacional em cima de um barco. Essa foi a primeira vez que o evento aconteceu fora dos limites de um estádio.

Com capacidade para 144 pessoas, o barco brasileiro foi ocupado por 50 atletas de 16 esportes diferentes, além dos oficiais. O esporte com mais representantes foi o rugby, que levou 14 atletas, incluindo a porta-bandeira Raquel.

A delegação brasileira tem 277 atletas classificados, mas a maioria optou por não ir à cerimônia para focar nas competições do fim de semana.

O Brasil foi o 29° país a desfilar, seguindo a ordem alfabética. A primeira delegação, como em toda Olimpíada, é a da Grécia, país que criou os Jogos na antiguidade. A delegação do país sede sempre encerra o desfile.

O trajeto de seis quilômetros foi entre a ponte Austerlitz e o Trocadéro, local dos shows de encerramento e a parte final da cerimônia. O percurso passou em frente a cartões-postais como a Torre Eiffel e a catedral de Notre-Dame. Os brasileiros, entretanto, foram orientados pelo COB a voltar para a Vila Olímpica e não marcaram presença no Trocadéro.

Os atletas das 205 delegações desfilam em 85 barcos ao longo do rio. Mais de 20 mil funcionários foram mobilizadas para a logística da abertura. A estimativa é que 320 mil pessoas estejam presentes na cerimônia.

— Lista dos 50 atletas brasileiros no barco:

* Caio Bonfim (atletismo)
* Gianetti (atletismo)
* Hygor Gabriel (atletismo)
* Max Batista (atletismo)
* Lívia Avancini (atletismo)
* Ygor Coelho (badminton)
* Gustavo Balaloka (BMX Freestyle)
* Paola Reis (BMX Racing)
* Caroline (boxe)
* Jucielen (boxe)
* Michael Douglas (boxe)
* Isaquias Queiroz (canoagem)
* Ulan Galisnki (ciclismo Mountain Bike)
* Guilherme Toldo (esgrima)
* Mariana Pistoia (esgrima)
* Barbara Arenhart (handebol)
* Samara Vieira (handebol)
* Ana Claudia Bolzan (handebol)
* João Oliva (hipismo adestramento)
* Rodrigo Pessoa (hipismo saltos)
* Pedro Venis (hipismo saltos)
* Stephan Barcha (hipismo saltos)
* Kathlen (judô)
* Leonardo (judô)
* Bianca dos Santos Silva (rugby)
* Gabriela de Farias Lima (rugby)
* Gisele Gomes dos Santos (rugby)
* Luiza González da Costa Campos (rugby)
* Marcelle da Cruz de Souza (rugby)
* Mariana Nicolau da Silva (rugby)
* Marina Fioravanti Costa (rugby)
* Milena Batista Mariano Silva (rugby)
* Raquel Cristina Kochhan (rugby)
* Thalia da Silva Costa (rugby)
* Thalita da Silva Costa (rugby)
* Yasmin Luiz de Lima Soares (rugby)
* Isadora Lopes de Souza (rugby)
* Leila Cassia dos Santos Silva (rugby)
* Guilherme Teodoro (tênis de mesa)
* Leonardo Isuka (tênis de mesa)
* Laura Watanabe (tênis de mesa)
* Bruno Lobo (vela)
* João Bulhões (vela)
* Marina Arndt (vela)
* Gabriella Kidd (vela)
* Bruno Fontes (vela)
* Evandro Gonçalves (vôlei de praia)
* Arthur Diego Mariano Lanci (vôlei de praia)
* Carol Solberg (vôlei de praia)
* Bárbara Seixas (vôlei de praia)

Porta-bandeiras

Nesta edição dos Jogos de Paris, Isaquias Queiroz tentará quebrar um recorde e se tornar o primeiro brasileiro a conquistar seis medalhas olímpicas. O canoísta é dono de quatro medalhas, sendo uma de ouro em Tóquio 2020, além de duas pratas e um bronze no Rio 2016. Em Paris, Isaquias disputará o C1 1000m e o C2 500m.

Raquel, por sua vez, disputará sua terceira edição de Olimpíadas. A capitã da seleção de rugby de sete teve que se afastar do esporte por um longo tempo após descobrir um câncer de mama há pouco mais de dois anos. A atleta de 31 anos anos fez a cirurgia de mastectomia para retirada da mama e do tumor e conseguiu voltar a jogar em alto nível.

Os dois atletas, aliás, têm ainda mais em comum do que se imagina. Raquel foi professora de canoagem, remo e vela no projeto navegar, em Caxias do Sul, e afirma que Isaquias sempre foi uma inspiração.

Histórico 

Em 100 anos de história do Brasil em Olimpíadas, o País já teve 22 porta-bandeiras diferentes, em 22 edições. Sylvio de Magalhães Padilha e João Carlos de Oliveira, do atletismo, foram os únicos que carregaram a bandeira em duas edições.

Os brasileiros não participaram das Olimpíadas de 1928 por conta da grave crise econômica que o país vivia naquele ano. Em 1940 e 1948, os Jogos não foram realizados devido à Segunda Guerra Mundial.

Na história, o atletismo é o grande celeiro de porta-bandeiras do Brasil, com oito representantes. O basquete tem quatro. A vela e o judô vêm logo em seguida, com três.

Em Tóquio, o Brasil decidiu escolher um homem e uma mulher para dividirem a missão de porta-bandeiras pela primeira vez.

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