Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de dezembro de 2024
Boletim médico divulgado nesse sábado (21) pelo Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, informou que quadro de saúde do ex-governador gaúcho Alceu Collares, 97 anos, é estável, mas ainda inspira cuidados. Com problemas respiratórios, ele está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da instituição.
Collares teve diagnosticado em 2016 um enfisema pulmonar, doença crônica e que reduz a capacidade do órgão. Na segunda-feira passada (16), sentiu falta de ar e foi conduzido até o hospital pela esposa e ex-primeira-dama estadual Neuza Canabarro.
De acordo com protocolo atualmente adotado para esse tipo de situação, o paciente foi submetido a isolamento e, no dia seguinte, transferido para a unidade especial. Desde então, o seu estado permanece inalterado. Não há informações se ele está consciente ou sedado. Um novo informe do Hospital Mãe de Deus é aguardado para a manhã deste domingo (22).
No mês passado, Collares – único negro a comandar o Executivo do Rio Grande do Sul (1991-1994) – se recuperou de uma pneumonia. Além dos efeitos da idade avançada, o quadro geral inclui outras comorbidades. O histórico inclui, ainda, quimioterapia e cirurgias contra um câncer no estômago, por volta de 2017-2020, além de internação por covid em 2021.
Anfitrião
Uma das mais recentes aparições públicas de Alceu Collares ocorreu no dia 26 de abril. Naquela data, ele foi anfitrião de um almoço de confraternização, em sua própria casa, com outros oito ex-governadores gaúchos do período 1983-2018. A única ausência foi a de Antônio Britto (1995-1998), radicado em São Paulo.
Em clima marcado pela cordialidade e descontração, compareceram Jair Soares (1983-1986), Pedro Simon (1987-1990), Alceu Collares (1991-1994), Olívio Dutra (1999-2002), Germano Rigotto (2003-2006), Yeda Crusius (2007-2010), Tarso Genro (2011-2014) e José Ivo Sartori (2015-2018).
O prato principal foi bacalhau, seguido à tarde por longo bate-papo sobre política e outros assuntos, sem os acalorados embates ideológicos de um passado não muito distante.
“Em um encontro combinado com sete meses de antecedência, quem faz o meio-de-campo é Jair Soares, incumbência cujo sucesso é favorecido pela maior disponibilidade dos demais, que no momento não exercem ou disputam cargos eletivos”, registrou o jornal “O Sul” na ocasião.
Mais uma vez, chama a atenção um fato inusitado sobre o Rio Grande do Sul: todos os eleitos para a chefia do Executivo nos últimos 41 anos (desde a redemocratização do País) estão vivos. Por outro lado, já são falecidos todos os que exerceram o cargo entre 1964 e 1981, em meio ao período ditatorial e sem o respaldo do voto popular.(Marcello Campos)