Domingo, 19 de janeiro de 2025

Após batalha judicial, TikTok para de funcionar nos Estados Unidos

No início da madrugada deste domingo (19), os usuários norte-americanos do TikTok já não conseguiam mais acessar a plataforma. A rede social saiu do ar devido a uma lei, aprovada no ano passado pelo Congresso dos Estados Unidos e sancionada por Joe Biden, que força a plataforma a vender a operação no país.

Após a meia-noite, milhares de usuários começaram a reportar problemas para acessar a plataforma no Downdetector, site que monitora interrupções de sites e aplicativos. O pico foi às 00h34min, quando mais de oito mil pessoas registraram a dificuldade.

“Uma lei que proíbe o TikTok foi aplicada nos Estados Unidos. Isso significa que você não pode mais usar o TikTok neste momento”, avisa uma mensagem que aparece quando o usuário tenta acessar a plataforma.

“Temos sorte que o presidente Trump indicou que trabalhará conosco em uma solução para restaurar o TikTok quando assumir o cargo”, acrescentou a mensagem. “Por favor, fiquem ligados!”. Ao continuar no aplicativo, surge uma tela de erro, solicitando que o usuário tente novamente depois.

Segundo o portal norte-americano NBC News, a rede social não está mais disponível para download nas lojas de aplicativos da Apple e da Google nos Estados Unidos. Além disso, outros aplicativos da Bytedance, incluindo CapCut, Lemon8 e Gauth, exibiram mensagens semelhantes e também se tornaram indisponíveis para muitos usuários dos EUA já na noite de sábado (18).

No X (antigo Twitter) e no Instagram, usuários lamentam a suspensão da plataforma.

Decisão da Suprema Corte

Após meses de batalha judicial, a Suprema Corte dos EUA confirmou por unanimidade na sexta-feira (17) a legislação que proíbe a rede social se seus proprietários chineses não a colocassem à venda até este domingo.

O TikTok havia entrado com um recurso que acusava a lei de violar a Primeira Emenda da Constituição americana, que rege os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos. O tribunal superior decidiu que a lei não infringe esse direito e que o governo dos EUA demonstrou que suas preocupações sobre a propriedade chinesa da plataforma são legítimas.

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