Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de março de 2023
A conexão 5G em seu máximo desempenho chegou a alguns smartphones no Brasil. Usuários que dispõem de um iPhone com a versão 16.4 beta do iOS receberam a opção de conexão 5G Standalone (SA), caso utilizem os serviços de operação de Vivo ou TIM. A tecnologia permite que a rede móvel utilize sua maior velocidade.
A chegada dessa nova ‘versão’ ao mesmo tempo em que o 5G já está implementado em todas as capitais é porque o sinal atualmente utilizado de forma mais abrangente é o Non-Standalone, que usufrui da infraestrutura do 4G. Os sistemas dedicados à tecnologia mais avançada têm alto custo e ainda não se instalaram no país.
Para ter redes exclusivas ao 5G, seria necessário um investimento de cerca de US$ 6,4 bilhões (R$ 33,21 bilhões), de acordo com um estudo da Ericsson, empresa sueca de telefonia. Em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, a conexão está disponível a partir do iOS 14.5. Como a 16.4, que chegou aos iPhones brasileiros mais recentemente, ainda segue na versão beta, não se sabe quando poderá ser usada por todos.
As principais diferenças entre o 5G Standalone e o 5G Non-Standalone têm a ver com menor latência e mais velocidade. As NSA, também chamadas de ‘5G impuro’, alcançam velocidades maiores que o 4G, mas sem alcançar taxas de transferências em gigabyte, caso do SA.
Isso acontece por não terem uma rede exclusiva em suas operações, e assim, além da velocidade máxima não ser alcançada, apresentam maior latência. No entanto, isso não é frequentemente notado em usos do dia-a-dia, como redes sociais ou mesmo assistindo vídeo no YouTube. Por isso, a instalação gradual do 5G não é contestada, mesmo com as ‘impurezas’.
5G deve superar 4G ainda nessa década
Mesmo em processo de transição e com diferenças entre suas ‘versões’, a rede caminha para ser a conexão móvel mais utilizada no mundo. De acordo com a GSMA, associação que representa os interesses das operadoras de telefonia móvel em escala global, o 5G deve superar o 4G em 2029.
As informações foram divulgadas através de um relatório na abertura do Mobile World Congress (MWC), considerado o maior evento de conectividade da atualidade, na última segunda-feira, 27. Em porcentagem de uso, o 5G está lado a lado com o 3G na atualidade e deve se distanciar ao longo dos próximos anos. O ‘empate’ com o 4G é projetado para 2028, com a ultrapassagem na sequência.
Especificando os números do momento, o 4G detém cerca de 60% dos acessos à rede móvel, enquanto o 5G e o 3G estão entre 15% e 20%. O 2G saiu da casa dos dois dígitos em 2023 e diminuirá gradativamente até chegar aos estimados 1% em 2030.
Ao final da atual década, o 5G deve não só passar o 4G como se distanciar significativamente, já que, para o último ano do gráfico, são projetados 54% dos acessos contra 36% do 4G, enquanto o 3G também ficará com um único algarismo, em 8%.
Considerando que a população mundial calculada para 2030 é de 8,5 bilhões de pessoas, o número absoluto de usuários do 5G equivaleria a cerca de 4,6 bilhões de usuários.