Sábado, 05 de outubro de 2024

Ausência do presidente da Argentina em reunião do Mercosul é “lamentável”, diz secretária do Ministério de Relações Exteriores do Brasil

A secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan, classificou como “lamentável” a ausência do presidente argentino, Javier Milei, na Cúpula do Mercosul. “A gente lamenta, não é desejável que um presidente decida não ir, mas a decisão é soberana, cada país faz sua política externa”, disse a secretária.

A cúpula do Mercosul está marcada para acontecer nesta segunda-feira (8) em Assunção, no Paraguai. O presidente argentino desistiu de ir ao encontro — o país vai ser representado pela chanceler Diana Mondino.

De acordo com Padovan, a ausência de Milei não vai atrapalhar o andamento da Cúpula do bloco comercial. “O Mercosul tem 33 anos de história, é um bloco consolidado. Assinaremos tudo que tivermos que assinar, ou seja, na substância da cúpula não altera em nada pela própria maturidade do Mercosul “, complementou a secretária.

Milei no Brasil

O presidente da Argentina deverá chegar ao Brasil neste sábado (6), onde ficará até o domingo. Ele participará da Conferência de Ação Política Conservadora, que será realizada em Camboriú (SC) e terá palestra do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, não deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O porta-voz do governo da Argentina, Manuel Adorni, classificou as reuniões do presidente Javier Milei com o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), e com empresários do estado como “prioritárias” em relação a um encontro bilateral com o chefe do Executivo brasileiro.

“Em princípio, porque o presidente vai ter como prioridade outras reuniões, como a que se encontrará com o governador de Santa Catarina e outra com empresários, o que é relevante para nós em virtude do desenvolvimento econômico do estado de Santa Catarina”.

Milei rejeitou a ajuda do Itamaraty e vai contar com auxílio direto do governo de Santa Catarina, que vai oferecer dois carros e escolta policial ao chefe de Estado. O governo confirma o apoio logístico e de segurança, mas afirma que por questões de segurança, é padrão da Polícia Militar de SC e da Casa Militar do Governo do Estado não divulgar número de viaturas e nem de profissionais atuando em qualquer operação de Segurança Pública.

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