Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 18 de outubro de 2024
No momento em que caiu do terceiro andar no pátio interno do hotel Palermo, onde estava hospedado, o músico Liam Payne, ex-vocalista do One Direction, “estava passando por algum tipo de surto resultante de abuso de substâncias”. Ele morreu de “trauma múltiplo” e “hemorragia interna e externa”. A informação foi confirmada pelo promotor Marcelo Roma, que está temporariamente encarregado da investigação, liderada por Andrés Madrea, em comunicado publicado no site da Procuradoria-Geral da República.
“As circunstâncias do caso estão sendo investigadas como ‘morte questionável’, embora tudo indique que o músico estava sozinho no momento da queda, e passava por algum tipo de surto decorrente do abuso de substâncias”, afirma o site da Procuradoria.
A autópsia, realizada ontem à noite pelos médicos forenses do Corpo Médico Legal (CMF), entre as 21h45 e as 23h05 locais, concluiu que “a causa da morte de Payne, determinada macroscopicamente, foi traumatismo múltiplo, hemorragia interna e externa”.
Na autópsia, assinada pelos médicos Santiago Maffia Bizzozero e Roberto Víctor Cohen, foi feita referência a 25 lesões compatíveis com as causadas por queda de altura.
“As lesões craniocerebrais foram suficientes para causar a morte, enquanto hemorragias internas e externas no crânio, tórax, abdômen e membros contribuíram para o mecanismo da morte. Os peritos forenses estimaram ainda que, quando analisadas as mãos, não foram encontradas lesões de tipo defensivo, que todas as lesões no corpo eram vitais e de produção contemporânea entre si e que não foram observadas lesões que permitam assumir a intervenção de terceiros”, diz a publicação.
Para os investigadores, “pela posição em que o corpo foi deixado e pelos ferimentos decorrentes da queda, presume-se que Payne não adotou uma postura reflexa para se proteger e que poderá ter caído num estado de semi ou total inconsciência”.
O músico morreu ao cair da varanda do quarto que ocupava no hotel CasaSur. O recepcionista, Esteban, às 17h01, ligou para o número de emergência 911 para pedir ajuda a um hóspede que estava com ele e estava sob efeito de drogas e álcool.
“Quando o Serviço de Atendimento de Emergência (Same) e pessoal da Delegacia de Bairro 14B da Polícia Municipal chegaram, Payne já havia caído da varanda de seu quarto e morreu no local devido à gravidade dos ferimentos”, conforme publicado pelo governo argentino.
Após a descoberta do corpo, o promotor Roma e a secretária do Ministério Público, Florencia Lavaggi, tomaram as primeiras providências para o avanço da investigação: a convocação de peritos da Unidade Penal Móvel (UCM) da Polícia Municipal, que “examinaram o local e encontraram no interior da sala substâncias que à primeira vista – e aguardando confirmação dos laudos periciais – seriam entorpecentes e bebidas alcoólicas, além de diversos objetos e móveis destruídos”.
Na promotoria, foram colhidos depoimentos de cinco testemunhas: três funcionários do hotel e dois jovens que estavam com Payne no quarto, mas que haviam saído um tempo antes da trágica morte. As duas jovens que prestaram depoimento são duas prostitutas que estiveram na sala entre as 11h30 e as 16h00.
“O Ministério Público anunciou que além de reconstruir as circunstâncias da morte do músico, a investigação também se concentra em determinar a possível intervenção de terceiros nos acontecimentos anteriores à morte da vítima”, informaram fontes judiciais.
Os investigadores do caso também tentam identificar quem forneceu os medicamentos a Payne e as suspeitas são dirigidas a um funcionário do hotel.