Sábado, 19 de outubro de 2024

Avança a investigação sobre as mortes de duas gêmeas na cidade de Igrejinha. Mãe é suspeita de envenenamento

Em mais um capítulo na investigação dos óbitos de duas gêmeas de 6 anos na cidade de Igrejinha (Vale do Paranhana), a Polícia Civil divulgou novos detalhes sobre o caso, no qual a mãe é investigada por suposto envenenamento das crianças. Dentre os pontos acrescentados estão as mortes suspeitas de três gatos da família, semanas antes dos falecimentos das meninas – uma em 7 de outubro, outra no dia 15.

O avanço do inquérito ainda depende de laudo a ser concluído por técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), a fim de verificar se a hipótese de dolo (intenção) tem fundamento. Também são analisados os telefones celulares do casal.

A mulher investigada tem 42 anos e está presa preventivamente desde a terça-feira (15). Além da suspeita em relação ao que ocorreu com os felinos de estimação, pesam contra ela pesa uma série de incidentes ocorridos em um passado recente.

Na lista aparecem os seguintes fatos, relatados por pessoas próximas: suposta adição de sedativos à comida do marido, ocorrência de ambas as mortes quando ele não estava em casa e ausência de manifestações de afeto por parte da mulher em relação às garotas, dente outros comportamentos. Também chamou a atenção do delegado o registro, neste ano, de um mês de internação psiquiátrica da agora investigada.

Uma das linhas de apuração é de que a mãe teria agido de forma deliberada para atingir o marido, a quem culpa pela perda do primogênito, morto há dois anos em um confronto no âmbito do tráfico de drogas na cidade de Santa Maria (Região Central) – o casal tem, ainda, uma filha adolescente.

Em 2003, quando estavam separados, a mulher chegou a fazer contra o companheiro uma falsa denúncia de abuso sexual das gêmeas. O objetivo teria sido prejudicar a imagem do pai para obter a guarda de ambas.

Prisão preventiva

Na noite de terça-feira (15), o juiz responsável pela 1ª Vara de Igrejinha decretou a prisão temporária da investigada. A medida é válida por 30 dias, prorrogáveis por igual período se houver comprovação de necessidade. Ele também determinou que o Hospital Bom Pastor forneça à Polícia Civil os documentos médicos relativos à internação da mulher.

O magistrado ressaltou a presença de requisitos legais para a reclusão, bem como a suficiente demonstração de que a esta é indispensável para a continuidade da apuração do caso: “Há necessidade de se colher elementos de convicção relativos ao delito, que poderá ser melhor elucidado após a análise dos documentos médicos”.

(Marcello Campos)

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