Quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 17 de setembro de 2024
Passada a estupefação pelo barraco dos postulantes a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB), a equipe de Ricardo Nunes (MDB) avalia que o atual prefeito deve herdar parte dos votos que pendia para Marçal e Datena. É lembrado na campanha o tom moderado de Nunes, comparável ao de outros prefeitos paulistanos, como Geraldo Alckmin, até apelidado de “picolé de chuchu”. Nunes deve reforçar a comunicação com o público feminino, mais avesso à confusão.
Mediador imprevisto
Na equipe de Nunes, a conclusão é de que o prefeito acertou ao tentar, mesmo em vão, conter os brigões e impedir a agressão.
Dose homeopática
Os “louros” devem ser colhidos sem explorar exaustivamente o fato. Há o cuidado para não ajudar na vitimização de Marçal.
Tem carisma
Além de capturar votos indecisos, a campanha de Nunes vê desgaste para Marçal. Datena, apesar de agressor, é um popular apresentador.
Herança no 2º turno
Outra avaliação é de que Nunes deve herdar os votos e apoio do oponente que estiver fora de um eventual segundo turno.
Câmara ignora censura e volta a publicar posts no X
O perfil oficial da Câmara dos Deputados voltou a publicar na rede social X (ex-Twitter), ignorando o bloqueio ordenado em 30 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Câmara já havia publicado post no dia 8 deste mês, um dia após o Sete de Setembro, assim como boa parte das instituições públicas, partidos, políticos etc., que seguiram com suas postagens. Moraes fixou multa de R$50 mil para cada vez que algum brasileiro acessar a rede social.
Sem medo de postar
Assim como parlamentares e influencers do campo conservador, a Câmara seguiu publicando notícias sobre as atividades do Legislativo.
PT também ignorou
Em 7 de setembro, o perfil oficial do PT na Câmara, por exemplo, usou o X para divulgar sua transmissão do desfile de Brasília, que flopou.
Temas corriqueiros
A Câmara aproveitou seus 1,1 milhão de seguidores no perfil no X para assuntos corriqueiros, como anunciar o concurso “Eu e a Lei”.
A gente banca o circo
Não dá mais para bater o bolso dos brasileiros e tirar R$5 bilhões para bancar campanhas eleitorais porcas, sem propostas. O problema não é a troca de insultos, é a forte possibilidade de tudo ser verdade.
Marçal exagerou
Orgulhoso de ser novato, Pablo Marçal cometeu um erro que políticos profissionais não se permitem, fazendo drama ainda maior do que a baixaria sugeria. Ao exagerar, diminuiu sua condição de vítima.
Sem limites para o errado
O senador Sérgio Moro (União-PR) avalia a cadeirada em Pablo Marçal (PRTB-SP) menos escandalosa do que a volta de Lula à presidência. “Desde então, não há limites para o errado no Brasil”, conclui o senador.
De volta
Bombeiros do Distrito Federal que estão em férias ou atuando na Força Nacional deverão retornar ao trabalho em Brasília para conter o fogo que devasta o Parque Nacional. A ordem é do governador Ibaneis Rocha.
E os checadores?
A imprensa brasileira fez vergonha novamente ao noticiar o atentado a Donald Trump. Relativizou outra vez o crime, temendo que o republicano fosse beneficiado eleitoralmente, reduzindo-o a “aparente” ou “possível tentativa”, mesmo com o criminoso preso e o FBI confirmando o ato.
Pense num absurdo
CEO da Amero Consulting, o economista Igor Lucena não vê com bons olhos decisão de Flávio Dino que destina a grana do Funapol, da Polícia Federal, para combater incêndio: “não sei dizer o quão absurdo isso é”.
Rui sumiu
Virou falatório vídeo de Simonet Tebet (Planejamento) apoiando Geraldo Júnior (MDB) a prefeito de Salvador (BA). É que Rui Costa (Casa Civil), ex-governador baiano, anda sumido da campanha do emedebista.
Parem os imbecis
Membros da “Just Stop Oil” invadiram loja de carros em Hamburgo (Alemanha) para depredar veículos em protesto “anti-petróleo”. O problema é que a concessionária era Tesla, de veículos 100% elétricos.
Pensando bem…
…legislar fica para depois.
PODER SEM PUDOR
Tucanos são como irmãos
Fernando Henrique conhece bem José Serra, são amigos há muitos anos, até foram companheiros de exílio. Por isso Itamar Franco, então presidente, chamou-o ao para opinar sobre a nomeação de Serra como ministro da Fazenda. FHC perguntou: “O sr. pretende renunciar?” Conhecido pelo limitado senso de humor, Itamar ficou intrigado: “Não estou entendendo, ministro.” FHC falou mais seriamente sobre o mui amigo: “É que, ao nomear Serra, o sr. vai abdicar do poder. Conheço bem o Serra, ele é da turma do ‘eu sozinho’, tome muito cuidado…” Assim Serra acabou queimado, e FHC virou ministro da Fazenda.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – redacao@diariodopoder.com.br)