Quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Blocos tradicionais marcam presença com desfiles alternativos no carnaval

Três blocos tradicionais da cidade do Rio de Janeiro vieram diferentes nesta edição do “CarnAbril”. O Cordão do Prata Preta saiu da estação do Teleférico do alto do Morro da Providência e finalizou o desfile no coreto da Praça da Harmonia, onde costuma se concentrar, quando se encontrou com o cortejo da Cia de Mysterios e Novidades, por volta do meio-dia deste sábado (23), que comemorou o aniversário de 40 anos do grupo e de 30 anos do do bloco Escravos da Mauá.

Músicos do tradicional Céu na Terra criaram uma versão reduzida do bloco, que foi batizado de Celeste e saiu da Praça Tiradentes e seguiu em cortejo até a Cinelândia.

“Nosso bloco sempre foi em Santa Teresa, mas escolhemos trazer para o Centro justamente por não termos apoio da prefeitura. Este é o Celeste, mas nós somos do Céu da Terra e é incrível acolher a multidão ensandecida, mesmo com os transtornos”, afirma Péricles Monteiro, um dos organizadores do Caleste.

Para quem estava curtindo o cortejo, a falta de infraestrutura também foi ressaltada, mas superada pela vontade de estar na rua.

“Há uma demanda reprimida, uma ânsia de estar aqui, socializando. Falta infraestrutura, mas estou feliz de estar aqui mesmo sem organização”, disse a pesquisadora Janara Morenna na concentração do bloco.

A Cia de Mysterios e Novidades — grupo de arte popular da região portuária responsável pela primeira oficina de pernas de pau do carnaval do Rio — foi às ruas comemorar o aniversário de 40 anos do grupo e de 30 anos do bloco Escravos da Mauá, onde sempre se apresenta.

A companhia saiu às 11h do Museu de Arte do Rio na Praça Mauá e foi até a Praça da Harmonia onde apresentou o espetáculo “A Saga de São Jorge”. Em seguida, alguns integrantes do Escravos da Mauá apresentaram o samba de 2022, composto mesmo com o desfile proibido esse ano por conta da pandemia.

“O Prata Preta e o Escravos são os melhores. É ótimo curtir os dois ao mesmo tempo. Esta é a minha terceira vez aqui na folia do Rio de Janeiro. Estou desde quarta curtindo na rua”, disse o paulistano Rodrigo Leal.

No Celeste, o empresário Pietro Menezes ressaltou que os blocos do “Carnabril” não estão tão cheios. “O carnaval cheio ideal”, comemora.

Para as mamães de primeira viagem, foi prato feito. A bebê Olivia, de apenas quatro meses, curtiu o carnaval de rua com tranquilidade. Com pais que começaram a namorar durante a folia há sete anos, os moradores da Tijuca aproveitaram o sossego do carnaval fora de época para apresentar a paixão para a filha.

“Somos um casal do carnaval, não tinha jeito. Ela adora, ontem fomos em outro e não tivemos problema algum”, afirma a mãe Priscila Borges, de 30 anos.

Diretamente da Holanda, a brasileira Eveny Giovana, 22, trouxe a filha, Sophia, de apenas oito meses para curtir o carnaval fora de época.

“Nunca consegui passar carnaval no rio, é a nossa primeira vez”, celebra.

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