Sábado, 05 de outubro de 2024

Bolsa brasileira sobe quase 2% na semana

O Ibovespa fechou com avanço modesto nesta sexta-feira (05), marcando seu quinto pregão consecutivo no azul. O dia foi positivo para os índices em Nova York após o feriado, com os dados de emprego dos Estados Unidos indicando uma desaceleração, o que aumenta as apostas de um corte nas taxas de juros americanas em breve.

O índice fechou com alta de 0,08%, a 126.267,05 pontos, de acordo com dados preliminares, marcando 126.661,59 pontos na máxima e 125.556,48 pontos na mínima da sessão.

Na semana, o indicador da bolsa paulista subiu 1,93%, a terceira alta semanal, devolvendo perdas registradas entre meados de maio e de junho, diante da melhora do humor local. O volume financeiro somava R$ 17,9 bilhões antes dos ajustes finais.

Apesar da aparente animação, o volume de negociações na bolsa seguiu baixo, R$ 14,5 bilhões nessa sexta, abaixo da média de 16,8 bilhões nos últimos 12 meses. Papéis que dependem de juros mais baixos, consumo e crédito foram o destaque do pregão. Caso das varejistas e companhias aéreas. Os bancos que não vinham exatamente com dificuldades também subiram.

Até a Petrobras, que amargou quedas nos últimos pregões, conseguiu fechar a semana com uma nota positiva, alcançando ganhos de 1,74% (PETR3, ações ordinárias com direito a voto em assembléia) e 0,54% (PETR4, ações preferenciais com preferência no recebimento de dividendos). Das 86 ações do Ibovespa, 70 tiveram uma semana de ganhos e apenas 16 acumularam perdas.

Dados dos EUA

A volta do feriado de 4 julho, Dia da Independência nos Estados Unidos, trouxe a notícia de que o mercado de trabalho americano já não está tão forte assim, segundo dados do relatório chamado de “payroll”. Por mais que este pareça um mau sinal à primeira vista, o mercado entende que menos emprego e menos pessoas remuneradas derrubam o consumo, portanto, a inflação. Portanto, o cenário é visto com entusiasmo, já que dessa forma o Banco Central dos EUA (Federal Reserve ou apenas Fed) não precisaria manter os juros por tanto tempo.

“Esses resultados reforçam a tese de que a reunião do Fed em setembro será decisiva para um possível corte de juros, o que pode beneficiar o Brasil indiretamente, aliviando a pressão sobre o Banco Central, considerando os debates sobre um possível aumento de juros aqui em setembro”, avalia Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

O payroll só corroborou o que os outros relatórios de emprego e vagas já mostraram esta semana, que o mercado de trabalho americano parece estar cedendo. Este é um sinal de que o aperto monetário em curso está funcionando.

Imaginando que vem redução de taxas por aí, houve uma descompressão nos juros nos EUA, com queda de retorno dos títulos públicos. Esse movimento ajudou o real a ganhar força em relação ao dólar, já que a moeda americana perdeu um pouco da atratividade diante da constatação de juros em queda e uma economia menos acelerada.

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