Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de fevereiro de 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro estimulou “deliberadamente” ações que possibilitassem a ruptura institucional, incluindo a permanência de acampamentos montados por apoiadores em frente a diversos quartéis do Exército, aponta a denúncia feita pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-mandatário e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
“O então presidente sempre dava esperanças de que algo fosse acontecer para convencer as Forças Armadas a concretizarem o golpe. O colaborador [tenente-coronel Mauro Cid], inclusive, afirma que esse foi um dos motivos pelos quais o então presidente Jair Bolsonaro não desmobilizou as pessoas que ficavam na frente dos quartéis”, destacou o documento, ao citar a delação de Cid à PF (Polícia Federal).
“Em relação a isso, o colaborador também se recorda de que os comandantes das três Forças assinaram nota autorizando a manutenção da permanência das pessoas na frente dos quartéis por ordem do então presidente Jair Bolsonaro”, detalhou a denúncia da PGR. Segundo a Procuradoria, o ex-ministro e general Braga Netto também incitou a movimentação nos quartéis, mantendo contato direto com apoiadores do ex-presidente.
De acordo com a denúncia, Cid citou um vídeo em que o general conversa com manifestantes em frente a um quartel e pede que eles mantenham a esperança “porque ainda não havia terminado e algo iria acontecer”.