Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 28 de fevereiro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro esteve em reunião com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na tarde desta quinta-feira (28). O encontro teve como objetivo estabelecer alternativas entre as duas nações para solucionar a crise no país venezuelano, embora não seja considerado uma visita de Estado. Além de Guaidó, esteve presente o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Em pronunciamento realizado após a reunião, às 15h desta quinta-feira (28), Bolsonaro se desculpou pelo apoio do governo de Lula e Dilma frente às gestões de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. De acordo com o presidente, houve responsabilidade do país na crise da Venezuela. “O Brasil estava em um caminho semelhante, mas conseguiu acordar e resolver, dar um ponto final no populismo e na demagogia barata. Essa esquerda gosta tanto de pobres que acabou multiplicando-os. E a igualdade buscada por eles foi por baixo. Eu e Guaidó queremos uma igualdade por cima, a da prosperidade”, afirmou. Bolsonaro também disse que o Brasil apoiará todas as ações do Grupo de Lima a fim de proporcionar eleições livres e justas.
Guaidó discorreu sobre a governabilidade do país e afirmou que é necessário um diálogo verdadeiro para que a Venezuela consiga superar a crise atual. Além de mencionar a contração do PIB, de 52% em cinco anos, a taxa de mortalidade infantil, a violência e a pobreza, observou a importância da ajuda humanitária dos países, independente de quais, para que a situação se encerre. O presidente crê na prosperidade da nação venezuelana apesar das dificuldades e critica o então presidente do país: “Maduro não protege ninguém”.
Ao reprovar a imposição do presidente venezuelano, Guaidó ressaltou que haverá resistência, que não existirá medo e que a Venezuela está cada vez mais perto do triunfo da democracia. Segundo ele, ter apenas armas não basta: “Sem armamento, ele não tem mais nada. O que está acontecendo é como, por exemplo, querer prender a sua mulher e o seu filho à força dentro de casa”. Questionado sobre o seu retorno ao país e a possibilidade de represália, Guaidó afirmou que isso não o confrontará.