Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Bolsonaro sobre a reunião com Putin: “Inenarrável”

O presidente Jair Bolsonaro parecia um pouco cansado, após 3h11min de reunião a sós com o presidente russo Vladimir Putin, incluindo o almoço, com a presença só de tradutores. Mas Bolsonaro não disfarçava o contentamento com o diálogo franco que estabeleceu. “Inenarrável!”, exclamou a ministros, definindo o que vivenciou na reunião com Putin, no Kremlin. O presidente russo estendeu tapete vermelho a Bolsonaro.

Formato ampliado
Para mostrar apreço ao presidente brasileiro, Putin ordenou o formato ampliado nas honras militares, pouco comum em visitas dessa natureza.

Fechando vias
Ao contrário de visitas recentes, as autoridades russas fecharam as vias nos deslocamentos de Bolsonaro, para além dos usuais batedores.

Encontro 2+2
Esse apreço foi demonstrado também no chamado “encontro 2+2”, entre os ministros das Relações Exteriores e da Defesa de ambos os países.

Plano contratado
O chanceler Carlos França definiu o “encontro 2+2” como franco, direto e muito produtivo. “Saímos com plano de ação já contratado”, disse ele.

Microfones e bom humor na visita oficial à Rússia
Além da recepção amistosa, a visita oficial à Rússia teve momentos de muito bom humor. Como nesta quarta (16), durante almoço oferecido pelo chanceler Sergei Lavrov a ministros brasileiros e locais. Todos usavam fones de ouvido para tradução simultânea. Ao pedir a palavra, o secretário de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, perguntou-se em voz alta: “Será que este microfone está funcionando?” Decano da diplomacia mundial, no cargo desde 2004, Lavrov não perdeu a deixa: “Não se preocupe, almirante. Na Rússia, os microfones estão sempre ligados”.

Risadas gerais
A piada arrancou gargalhadas de todos os presentes, em razão do protagonismo russo na espionagem mundial, desde a Guerra Fria.

Parte brasileira
Estavam do almoço os ministros brasileiros Carlos França (Relações Exteriores) e Braga Netto (Defesa), além do almirante Flávio Rocha.

Representatividade
Também estiveram no almoço o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, e o embaixador do Brasil em Moscou, Rodrigo Baena Soares.

Manipulação à ré
Obrigados desde 1º de janeiro a disponibilizar todos os registros dos seus levantamentos à Justiça Eleitoral, os institutos de pesquisa “corrigem” a vantagem de Lula sobre Bolsonaro, que despencou de 20 pontos para 9, em alguns casos, sem que qualquer fato o justifique.

Inviolabilidade violada
Bolsonaro ironizou a “estranha preocupação” do futuro presidente do TSE com ataques cibernéticos vindos da Rússia. “O ministro Fachin acaba de confirmar que não tem confiança no sistema eleitoral”, disse.

Fina educação
Bolsonaro contou ontem que se dirigiu duas vezes a Alexandre Moraes, em seu gabinete no Planalto, e o ministro não respondeu. Foi quando Moraes e Fachin foram convidar o presidente à posse da dupla no TSE.

Sucesso nacional
Segundo a plataforma de acompanhamento da campanha de imunização vacinabrasil.org, cerca de 412 milhões de doses de vacinas já foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde aos governos estaduais.

Sem novidades
O PGR Augusto Aras escancarou o amadorismo da cúpula da CPI sobre abertura de inquérito: “Entregaram HD com 10 terabytes de informações desconexas”. Até deu prazo ao senador Randolfe para entregar provas.

Desinteresse súbito
O projeto supostamente anti-fake news relatado pelo ex-ministro do governo Lula Orlando Silva (PCdoB-SP) não conseguiu apoio ontem, no plenário da Câmara, para aprovar o requerimento de urgência.

Carona no Airbus
O dono do laboratório União Química, Fernando Marques, que chegou a fechar parceria com os russos para a produção da vacina Sputnik V no Brasil, fez parte da comitiva de Bolsonaro na visita oficial a Moscou.

Migalhas
A Meta Inc., novo nome do grupo Facebook, concordou em pagar míseros US$90 milhões para encerrar uma ação na justiça dos EUA que buscava punir o gigante da tecnologia por roubar dados de usuários.

Pensando bem…
… não teve guerra, não teve mesa, mas teve um “muito obrigado”.

PODER SEM PUDOR
Olho eletrificado
Coronel Toniquinho Pereira era chefe político em Itapetininga (SP), quando se viu obrigado a receber o governador – seu adversário – na estação ferroviária de Iperó. Cheio de má vontade, assim que o trem chegou, Toniquinho foi logo reclamando do chefe da estação, como procurasse uma desculpa para sair dali: “uma fagulha no meu olho…” O ferroviário se espantou: “O trem é elétrico, coronel. Não solta fagulha.” Toniquinho não deu o braço a torcer: “Então foi um quilowatt.”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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