Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Brasil encerra campanha no Mundial feminino de vôlei com atuação parecida à da final dos Jogos de Tóquio

O Brasil encerrou a campanha do Mundial feminino de vôlei com um cenário muito semelhante à da Olimpíada de Tóquio: uma derrota dolorosa na final, por 3 sets a 0 diante da Sérvia, mediante atuação aquém da esperada. A diferençã é que, nos Jogos disputados em 2021 no Japão, as adversárias na decisão foram as norte-americanas.

Para o técnico José Roberto Guimarães, porém, o trabalho da equipe precisa ser valorizado. “Embarcamos como um time totalmente desacreditado”, frisou em entrevista. “Isso diz muita coisa e não pode ser por causa de um jogo que está tudo ruim.”

O Brasil chegou à quarta decisão de Mundial de vôlei feminino e acumulou a quarta derrota. Anteriormente, a Seleção havia sido derrotada nas finais de 1994, 2006 e 2010.

Apesar do otimismo, o resultado da final mostra a Zé Roberto que há pela frente um trabalho a ser feito com a Seleção feminina de vôlei. De qualquer forma, muitos reconhecem que o Brasil continuou sendo competitivo nesta temporada, apresentando uma renovação em parte da equipe.

“Foi bom, não posso dizer que foi ótimo, mas aproveitamos. Passamos momentos difíceis e superamos. Parabéns a todas pelo trabalho”, disse o treinador, que agora mira o futuro. “Vida que segue, pensar à frente e melhorar cada vez mais”, completou.

Derrota e experiência

Em partida disputada sábado (15) em Apeldoorn, na Holanda, as garotas do Brasil foram derrotadas pelas sérvias com sets de 26/24, 25/22 e 25/17. Essa foi a quarta prata do time feminino nacional no torneio – o País nunca conquistou o ouro.

A escalação não teve surpresas. Zé Roberto manteve Rosamaria no lugar de Pri Daroit, como vinha fazendo, e colocou em quadra a líbero Nyeme, ao lado também de Macris, Lorenne, Gabi, Carol e Carol Gattaz. Ao longo da partida, o treinador colocou em quadra Kisy, Roberta, Tainara e Pri Daroit.

O time começou bem, aproveitando os repetidos erros de passe da Sérvia no primeiro set. Mas a vantagem foi embora rapidamente e as sérvias viraram em 11/10. Boskovic liderava o time europeu, que se destacava também nos bloqueios.

A vitória na primeira parcial fez a Sérvia desacelerar no início do segundo set. E o Brasil abriu 6/2. Mas a Sérvia passou a reduzir a desvantagem no marcador e cresceu novamente no duelo, empatando em 16/16 e chegando a 19/16. Sem desanimar, o time brasileiro reagiu prontamente e igualou em 22/22.

Porém, a solidez do bloqueio sérvio voltou a ser decisiva. E o set point foi sacramentado com ponto neste fundamento. As europeias faziam 2 sets a 0 na final e o Brasil não encontrava um caminho para reagir, apesar dos seguidos erros cometidos pela equipe adversária.

O técnico então optou por trocar a levantadora Macris por Roberta e colocar Tainara em quadra. As alterações surtiram efeito mas não mudaram a situação. As adversárias assumiram a ponta no marcador logo no início do terceiro set e não foram mais alcançadas pelas brasileiras.

Ao fim, a diferença chegou a sete pontos, sob a liderança de Boskovic, maior pontuadora (24) da decisão. Pelo Brasil, Lorenne, Gabi e Carol anotaram nove pontos cada.

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