Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Brasil manterá em 2025 a agenda forte de atrações internacionais, tanto em espetáculos solo quanto em festivais

Um Brasil que fecha 2024 com nada menos do que 14 apresentações seguidas do astro americano Bruno Mars (e outras, ainda a vir, de Lenny Kravitz, do Iron Maiden e do Slipknot, grupo que traz o seu próprio festival, o Knotfest) não perde por esperar 2025.

O próximo ano começa já com uma agenda fortíssima. Em janeiro, o bombado duo Twenty One Pilots se apresenta em Curitiba (dia 22), Rio (24) e São Paulo (26). Em fevereiro, a coisa esquenta ainda mais, com a colombiana Shakira (dia 11, no Rio, e 13, em SP) e o inglês Sting (dia 14 no Rio, 16 em São Paulo e 18 em Curitiba).

As capitais paranaense e paulista ainda recebem, dias 15 e 22, a I Wanna Be Tour, grande celebração do emo, com bandas (internacionais e nacionais) ainda a serem anunciadas. Em março, os punks americanos do Offspring recebem bandas amigas dos EUA e da Inglaterra em shows em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Curitiba.

O Simply Red comemora 40 anos de estrada com shows no Rio e em São Paulo. Estrelas do rock alternativo dos anos 1990, como Garbage, L7 e Mudnoney, desembarcam no País. E o Lollapalooza leva para São Paulo os aguardados Olivia Rodrigo, Rüfüs Du Sol, Shawn Mendes, Alanis Morissette, Justin Timberlake e Tool, nos dias 28, 29 e 30 no Autódromo de Interlagos.

Mas em 2025 a coisa não para por aí: no mês de maio, em São Paulo, acontece o Bangers Open Air, festival de heavy metal, dias 2 e 3, no Memorial da América Latina. E espera-se ansiosamente pela divulgação das escalações estelares de dois festivais filhos do Rock in Rio, que acontecem em setembro: The Town (São Paulo, em sua segunda edição) e Amazônia Para Sempre (que estreia em Belém).

Criador do Rock in Rio, desbravador dos shows internacionais no Brasil, o publicitário Roberto Medina (cuja empresa Rock World cuida não só do RiR, mas de Lollapalooza, The Town e Amazônia Para Sempre) admite que hoje, no Brasil e no mundo, as turnês de estádio estão dando cada vez mais dinheiro às bandas do que tocar em um festival.

“Mas essa dificuldade (de conseguir headliners diante da maior rentabilidade das turnês) é algo que eu não estou tendo. Eventualmente, você tem momentos em que seus interesses não casam com o das bandas, mas, no caso de eventos que são projetos de marca, você tem dinheiro para competir com um ou dois shows em estádio”, diz ele, prometendo anunciar até o começo do próximo ano as atrações de seus dois festivais de 2025.

Medina afirma que tem uma banda, “uma das maiores do mundo”, que já aceitou participar no The Town porque também vai tocar no Amazônia Para Sempre.

“Ou seja: estou produzindo um momento histórico para ela. O que acontece, por exemplo, quando o Coldplay canta num estádio? Do ponto de vista de mídia, nada. É ótimo, ele faz um show bacana, todo mundo vai, o cara ganha dinheiro, mas que que aconteceu em termos de marca? Nada”, provoca.

“Quando eu pego um artista e coloco no meio de um rio, você tem um storytelling gigantesco, vou falar do meio ambiente, do desenvolvimento tecnológico… ou seja, eu tenho um Globo Repórter da Amazônia, desse pulmão do mundo, com um artista dentro.”

A sanha do público pelos grandes artistas não cessa. Coldplay, U2, Beyoncé, Dua Lipa, o Oasis em sua turnê de comeback… todos esses moram nos sonhos dos brasileiros para 2025.

“Quando acaba um Rock in Rio, eu pergunto às pessoas o que elas querem ouvir e monto um relatório. O segundo passo é ver quem está cantando, quem pode vir, e começar a conversar, a trabalhar esse caminho. Se tudo coincidir, ótimo. O maior sonho das pessoas é o meu também”, conta Medina.

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