Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Cães-robô vão patrulhar base da Força Espacial dos Estados Unidos

No fim do mês de julho, oficiais da Força Espacial dos Estados Unidos realizaram uma demonstração do uso dos “cães-robô” em patrulha de segurança e tarefas repetitivas na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

Os robôs Vision 60, produzidos pela Ghost Robotics, são oficialmente designados como Q-UGVs (Quadrupedal Unmaned Ground Vehicles, Veículo Quadrúpede Terrestre Não-Tripulado), respondem a comandos de voz e podem ser equipados com vários sensores ópticos e acústicos, que os transformam em “olhos” e “ouvidos” automatizados em lugares sensíveis.

Além disso, os robôs podem servir como pequenas estações de comunicação: através de antenas, os cães ajudam a estender as redes de comunicação além da infraestrutura existente, ou as levam para lugares onde não existe infraestrutura adequada.

As fotos das atividades mostram oficiais operando os robôs com um controle remoto, no interior de um hangar, mas eles também podem operar de forma autônoma. Graças às suas quatro “patas”, os robôs mantêm a estabilidade mesmo em terreno desconhecido. E mesmo que caiam, eles se levantam e seguem o trabalho.

Segundo o Departamento de Defesa, a unidade Lançamentos Espaciais Delta 45 usará os “cães” para avaliação de danos e patrulhas, economizando uma quantidade significativa de horas. Esta é a unidade responsável pelas operações de lançamentos espaciais no Centro Espacial Kennedy e em Cabo Canaveral.

Além das aplicações militares, cães robóticos podem ser usados também em situações de emergência, segurança pública e usos industriais. No ano passado, a SpaceX usou o cão-robô Spot, da Boston Dynamics, para o que pareceu uma inspeção no local onde o protótipo SN10 da Starship foi testado e explodiu.

Missão Artemis II

Reid Weisman, diretor do Escritório de Astronautas na Nasa, afirmou que, para ele, não somente uma parte do corpo de astronautas da agência espacial é elegível para a Artemis II e para outras missões tripuladas do programa, mas sim todos os astronautas da agência.

A fala de Weisman mostra um cenário diferente daquele divulgado em 2020, em que a Nasa anunciou a “Equipe Artemis” composta por 18 astronautas. Na época, a agência afirmou as tripulações para as missões iniciais do programa seriam escolhidas entre os membros deste grupo.

A missão Artemis II, que não deve ser lançada antes de 2024, será o primeiro voo tripulado com a cápsula Orion, e levará astronautas para uma viagem ao redor da Lua em uma viagem de aproximadamente dez dias. O pouso na Lua só virá na Artemis III, que acontecerá em 2026 ou além.

Até o momento, já se sabe que um dos quatro tripulantes da missão será um astronauta canadense. Ainda não há informações sobre se outros parceiros da Nasa (como a Europa ou Japão) vão ter astronautas na Artemis II. Já em relação aos astronautas da agência norte-americana, Wiseman afirmou que: “Da forma como eu vejo, qualquer um dos nossos 42 astronautas ativos é elegível para uma missão Artemis”, observou ele.

“A pergunta que todos vão fazer é: quando vamos designar uma tripulação para a Artemis II? Esperamos que seja mais tarde neste ano”, disse Weisman.

A primeira missão do programa Artemis será a Artemis I, um voo não tripulado ao redor da Lua para teste do foguete SLS e da cápsula Orion. A data de decolagem está marcada para 29 de agosto deste ano, com datas alternativas nos dias 2 e 5 de setembro.

 

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