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Por Redação Rádio Pampa | 29 de abril de 2020
Em queda, o apoio ao isolamento social amplo para conter o coronavírus divide a população brasileira, aponta pesquisa Datafolha. Pela primeira vez desde o início da pandemia, há empate técnico entre os que defendem a volta ao trabalho dos que estão fora dos grupos de risco e os que apoiam a permanência deles no isolamento.
São considerados grupos de risco para a Covid-19 idosos e pessoas com comorbidades como cardiopatia, diabetes e doença renal.
A proporção de brasileiros que defendem que as pessoas fora dessa categoria deveriam sair para trabalhar passou de 37%, no início de abril, para 41% em 17 de abril e para 46% na pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29).
Já o total dos que apoiam o isolamento amplo, inclusive de quem está fora dos grupos de risco, caiu de 60%, no início de abril, para 56%, no dia 17, e para 52%, agora.
O apoio ao isolamento seletivo é maior entre os mais ricos – 58% dos ganham mais de dez salários mínimos defendem essa posição, contra 44% dos que recebem até dois salários.
Os mais ricos são também aqueles que mais cumprem o isolamento, com índice de 71% (56% dizem sair só quando inevitável e 15%, nunca).
Na análise do comportamento individual em relação ao isolamento, a pesquisa mostra estabilidade em relação às anteriores, dentro da margem de erro. Declaram estar totalmente isolados 16% dos entrevistados, e 53% só saem de casa quando inevitável.
Considerando-se a renda, o grupo que mais tem mantido a rotina, ou então saído de casa para trabalhar e fazer atividades, mesmo tomando cuidado, é o que tem renda cinco a dez salários mínimos – 44%, enquanto nos demais estratos essa proporção fica entre 28% e 35%.
Os mais pobres, que recebem até dois salários mínimos, empatam com os mais ricos em isolamento (71%, sendo 17% totalmente isolados). Mas 3% deles dizem não ter alterado em nada a rotina, contra apenas 1% dos mais ricos.
O Datafolha entrevistou por telefone, na segunda-feira (27), 1.503 brasileiros em todos os Estados do País.