Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 1 de outubro de 2023
A queda de cabelo é uma preocupação comum que leva muita gente a buscar as mais diversas soluções. No entanto, o mercado de produtos de beleza está cheio de tratamentos duvidosos que prometem resultados incríveis para os calvos, mas que geralmente não cumprem o que garantem.
No caso da alopecia androgenética, aquele tipo que herdamos de nossos pais e avós, existem, porém, opções eficazes, como o minoxidil, disponível como loção para aplicação direta no couro cabeludo, e a finasterida, que é tomada por via oral.
Mas aqui vale um alerta: eles não são os únicos, não vão fazer o seu cabelo crescer todinho de volta e precisam de acompanhamento médico, que vai avaliar o seu quadro detalhadamente e ver qual é de fato a melhor opção de tratamento para sua calvície.
“Hoje a gente tem um uma gama de tratamento que a gente não tinha alguns anos atrás que evita a progressão da doença”, destaca Violeta Tortelly, Dermatologista do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Mas o que de fato existe?
Nathan Valle Soubihe Junior, cardiologista clínico do Hcor, explica que ao longo da história, muitos tratamentos foram propostos contra a calvície. “Remédios, loções e até poções foram e, provavelmente, ainda vêm sendo recomendadas”, diz.
Hoje em dia, embora não sejam uma solução completa para recuperar o cabelo perdido, alguns medicamentos são melhores do que nada e ajudam a evitar que a queda piore. Especialmente nos homens, a finasterida e o minoxidil têm mostrado resultados muito positivos.
Minoxidil
No caso do minoxidil, ele foi desenvolvido na década de 70, como um medicamento para baixar a pressão arterial. Isso porque ele age dilatando diretamente as artérias, o que resulta na redução da pressão sanguínea dentro dos vasos.
Logo após o início do uso, porém, médicos começaram a ouvir de seus pacientes relatos que estavam crescendo pelos no corpo, uma situação desconfortável, especialmente para as mulheres. Esse efeito colateral levou então a pesquisas sobre seu potencial para tratar a perda de cabelo e a calvície.
Hoje em dia, os especialistas também sabem que além de mexer com a circulação ao redor dos folículos capilares, entregando mais oxigênio e nutrientes aos fios, o minoxidil atua também prolongando a fase de crescimento do ciclo do cabelo, chamada tecnicamente de anágena. No entanto, o mecanismo exato pelo qual ele proporciona esses benefícios ainda não é totalmente conhecido.
Finasterida
Já finasterida surgiu em 1992 como um tratamento para a hiperplasia prostática benigna, uma doença que causa o aumento da próstata. Mas só foi mais tarde, em 1997, que ela foi aprovada nos Estados Unidos para tratar a perda de cabelo masculina a uma dose de 1 mg.
Isso porque médicos também passaram a ouvir relatados do mesmo efeito colateral: uma melhora notável na aparência do cabelo de seus pacientes. Mas por causa de um mecanismo diferente.
A finasterida age inibindo uma série de enzimas chamadas 5-alfa-redutase, impedindo o corpo de converter a testosterona em DHT, um hormônio que leva ao crescimento da próstata e à calvície.
“Inibindo essa conversão, conseguimos então diminuir a influência do hormônio sobre o fio de cabelo e, consequentemente, retardar a queda”, diz Carolina Milanez, médica dermatologista do Hospital Heliópolis.
Ou seja, assim como o minoxidil, o medicamento NÃO vai fazer crescer de volta aquele cabelo que você já perdeu. Ele funciona mais como um botão de pausa.