Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Cápsula da Nasa retorna à Terra e abre caminho para o retorno de astronautas à Lua

Quase um mês após decolar para uma viagem não tripulada ao redor da Lua, a cápsula Orion atravessou a atmosfera da Terra e caiu no Oceano Pacífico, encerrando a missão inaugural do programa lunar Artemis, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). A operação foi considerada bem sucedida e abre caminho para o retorno de astronautas ao satélite natural, 50 anos após a última missão Apollo.

Em formato similar ao de uma bala-de-goma, o veículo transportava três manequins com características similares às humanas e conectados a sensores, “pousou” no oceano por volta das 14h40min de domingo (horário de Brasília), na costa da península da Baja Califórnia, no litoral-oeste do México. O procedimento – suavizado pelo uso de para-quedas auxiliares de desaceleração – serviu como demonstração-chave de como futuros astronautas de verdade voltariam em segurança ao planeta.

“Da Base Tranquility a Taurus-Littrow e às águas tranquilas do Pacífico, o capítulo mais recente da jornada da Nasa à lua chega ao fim. Orion, de volta à Terra”, entusiasmou-se o comentarista Rob Navias, da Nasa, durante transmissão ao vivo.

A aterrissagem encerrou uma missão de 25 dias, menos de uma semana após sobrevoar a superfície lunar a uma altitude próxima de 130 quilômetros. Outra marca da Orion foi ter atingido seu ponto mais distante da Terra: quase 435 mil quilômetros.

A Orion decolou em 16 de novembro do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida, de uma plataforma de nova geração Space Launch System (SLS), da Nasa. Trata-se do foguete mais poderoso já utilizado e também o maior que a agência norte-americana construiu desde o “Saturn V”, na época das missões Apollo.

“Trampolim para Marte”

A viagem de estreia da SLS-Orion deu início ao programa sucessor do Apollo, o “Artemis”, cuja meta é retomar as viagens tripuladas ao satélite ainda nesta década. Mais do que isso, pretente estabelecer uma base sustentável por lá, funcionando como uma espécie de “trampolim” para a futura – e inédita – exploração humana do planeta Marte.

Coincidência (ou não), a volta da Artemis I à Terra ocorreu no dia do 50º aniversário do pouso da Apollo 17 na Lua, em 11 de dezembro de 1972, com os astronautas Gene Cernan e Harrison Schmitt. Eles foram os últimos (de um total de 12) enviados da Nasa a pisarem no satélite natural, ao longo de seis missões desde julho de 1969.

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