Terça-feira, 26 de novembro de 2024

Carnaval: viagens com os cães exigem cuidados para não gerar estresse neles e nos tutores

As malas para os passeios de Carnaval estão quase prontas, mas os tutores de cães sempre têm um dilema em comum às vésperas de qualquer viagem: levar ou não os pets junto? Qualquer decisão envolve planejamentos, sejam eles de recursos financeiros ou adaptações de transporte e escolhas de ambientes adequados. O médico veterinário do Hospital Veterinário da UniRitter, Diego Norte, propõe que a avaliação leve em conta três fases: estratégia, cuidados ao levar e cuidados de estar.

“O histórico do pet tem de ser levado em conta, se ele já passou por esse tipo de situação e como reagiu. Se for a primeira vez, um preparo prévio é importante, como ir a um destino mais curto antes da viagem para ver o seu comportamento e se parece adaptado”, pontua Norte.

A estratégia envolve a preparação para a viagem. Além de saber o histórico e tentar ambientá-lo para o deslocamento, é aconselhável ir ao veterinário para elaboração de cronograma e realização de checkup, com aplicação de vacinas e vermífugos para controle de pulgas e carrapatos.

Por segurança, o deslocamento deve ser feito em caixas de transporte. Para viagens de carro, o mais indicado é fazer paradas a cada duas horas para que os cachorros bebam água, caminhem e façam as necessidades.  “As companhias dos bichinhos são vantajosas se o contexto for gerar bem-estar para eles também, caso contrário, vale mais deixá-los em suas ‘zonas de conforto’ com alguém ou serviço de confiança para realizar os cuidados. Levá-los só para que eles estejam perto não significa que estejam bem. Caso não se adaptem, será uma viagem estressante para todos”, salienta.

A etapa três envolve a adaptação dos pets ao destino. Para que isso ocorra da maneira mais leve, é fundamental que se escolha locais pet friendly, onde eles possam se sentir confortáveis, como se realmente estivessem em casa. “Na chegada, o mais indicado é esperar o tempo de ambientação e aclimatação de cada pet. Não é legal forçar nenhuma atividade, mas, sim, deixar que ele se solte. O tutor não pode pensar que o pet irá lhe acompanhar em tudo”, salienta.

Uma vez no destino, faz-se extremamente importante conferir a situação do local, como portões, altura de muros e telas em janelas, para zelar pela segurança dos pets. Outro cuidado relevante é não trocar a ração nem oferecer água que não seja filtrada (fervida). A volta para casa, além das mesmas atenções com transporte, exige um retorno ao especialista para manter atualizado o vermífugo e conferência de saúde por exposição a possíveis ambientes contaminados e úmidos que possam gerar problemas de pele.

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