Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Carne podre de enchente foi comprada por menos de R$ 1 o quilo e revendida para consumo em todo o País

Pelo menos 800 toneladas de carnes impróprias para consumo humano, após os produtos ficarem submersos durante as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, foram revendidas para mercados e açougues de todo o País sem qualquer restrição.

A carga foi comprada por uma empresa e distribuidora da cidade de Três Rios, no Rio de Janeiro, com a justificativa de que seria usada na fabricação de ração animal. Uma investigação da Polícia Civil do Rio, através da Delegacia do Consumidor (Decon), descobriu o crime. Os envolvidos são acusados de fornecer carne bovina, frangos e cortes de suínos estragados. O esquema ainda contou com um lucro gigantesco, com uma margem de ganho de até 6.150%, segundo as investigações.

Uma empresa pagou a um frigorífico em Canoas (RS) apenas R$ 0,90 por quilo de alguns produtos, desembolsando por toda a carga menos de R$ 80 mil. Para que a carga pudesse ser revendida para mercados e açougues de todo o País, os produtos ganharam “ares” de conformidade, com apagamento das marcas. Com a fraude, a polícia estima que os responsáveis possam ter faturado cerca de R$ 5 milhões.

Durante a Operação Carne Fraca na quarta-feira, os agentes ainda encontraram um pacote de picanha, à venda na loja da empresa, que fazia parte do lote comprado do Rio Grande do Sul. A ação, em conjunto com a Decon gaúcha, prendeu dois sócios e dois funcionários da distribuidora na cidade de Três Rios.

“A informação que temos é que essa carne foi “maquiada”. Antes da revenda, eles retiraram sinais de sujeira das embalagens, que ficaram em contato com a água suja e lama”, disse o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Defesa do Consumidor do Rio.

Toda a mercadoria foi transportada por 32 carretas para diferentes partes do País. A polícia, até o momento, só conseguiu rastrear o destino de 17 das 800 toneladas até agora.

“Ainda estamos investigando para onde todas essas carnes foram vendidas. A gente sabe que 15 toneladas foram para um revendedor de Minas. Ele foi ouvido pela polícia gaúcha, mas não descartamos que volte a ser intimado. Outras duas toneladas foram inutilizadas na operação que fizemos agora em Três Rios. Acabaram no lixo”, contou Wellington.

A empresa que revendeu a carne tem como sócios os irmãos Almir Jorge Luís da Silva e Altamir Jorge Luís da Silva. Além deles, foram presos José Luis Dias da Silva, gerente e irmão da dupla, e o diretor de Logística da empresa, Ciro José Marinho.

As suspeitas sobre a companhia de Três Rios surgiram por causa de uma coincidência. A empresa fluminense revendeu 15 toneladas de carne para uma distribuidora de Betim (MG). Esta, por sua vez, forneceu seis toneladas para um frigorífico de Cachoeirinha (RS), o primeiro a negociar a carne. Verificados os lotes, descobriu-se que faziam parte da mercadoria inutilizada, que tinha sido vendida já como material impróprio para consumo humano. As informações são do portal de notícias O Globo.

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Pelo menos 800 toneladas de carnes impróprias para consumo humano, após os produtos ficarem submersos durante as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, foram revendidas para mercados e açougues de todo o País sem qualquer restrição.

A carga foi comprada por uma empresa e distribuidora da cidade de Três Rios, no Rio de Janeiro, com a justificativa de que seria usada na fabricação de ração animal. Uma investigação da Polícia Civil do Rio, através da Delegacia do Consumidor (Decon), descobriu o crime. Os envolvidos são acusados de fornecer carne bovina, frangos e cortes de suínos estragados. O esquema ainda contou com um lucro gigantesco, com uma margem de ganho de até 6.150%, segundo as investigações.

Uma empresa pagou a um frigorífico em Canoas (RS) apenas R$ 0,90 por quilo de alguns produtos, desembolsando por toda a carga menos de R$ 80 mil. Para que a carga pudesse ser revendida para mercados e açougues de todo o País, os produtos ganharam “ares” de conformidade, com apagamento das marcas. Com a fraude, a polícia estima que os responsáveis possam ter faturado cerca de R$ 5 milhões.

Durante a Operação Carne Fraca na quarta-feira, os agentes ainda encontraram um pacote de picanha, à venda na loja da empresa, que fazia parte do lote comprado do Rio Grande do Sul. A ação, em conjunto com a Decon gaúcha, prendeu dois sócios e dois funcionários da distribuidora na cidade de Três Rios.

“A informação que temos é que essa carne foi “maquiada”. Antes da revenda, eles retiraram sinais de sujeira das embalagens, que ficaram em contato com a água suja e lama”, disse o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Defesa do Consumidor do Rio.

Toda a mercadoria foi transportada por 32 carretas para diferentes partes do País. A polícia, até o momento, só conseguiu rastrear o destino de 17 das 800 toneladas até agora.

“Ainda estamos investigando para onde todas essas carnes foram vendidas. A gente sabe que 15 toneladas foram para um revendedor de Minas. Ele foi ouvido pela polícia gaúcha, mas não descartamos que volte a ser intimado. Outras duas toneladas foram inutilizadas na operação que fizemos agora em Três Rios. Acabaram no lixo”, contou Wellington.

A empresa que revendeu a carne tem como sócios os irmãos Almir Jorge Luís da Silva e Altamir Jorge Luís da Silva. Além deles, foram presos José Luis Dias da Silva, gerente e irmão da dupla, e o diretor de Logística da empresa, Ciro José Marinho.

As suspeitas sobre a companhia de Três Rios surgiram por causa de uma coincidência. A empresa fluminense revendeu 15 toneladas de carne para uma distribuidora de Betim (MG). Esta, por sua vez, forneceu seis toneladas para um frigorífico de Cachoeirinha (RS), o primeiro a negociar a carne. Verificados os lotes, descobriu-se que faziam parte da mercadoria inutilizada, que tinha sido vendida já como material impróprio para consumo humano. As informações são do portal de notícias O Globo.

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