Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de dezembro de 2023
Stefano Domenicali, chefão da Fórmula 1, fez forte desabafo sobre a situação de Michael Schumacher nessa terça-feira (19). O ex-piloto alemão sofreu um grave acidente enquanto esquiava na estação de Meribel, nos Alpes franceses, em 29 de dezembro 2013 e nunca mais voltou a andar. O estado de saúde do heptacampeão mundial é guardado a sete chaves pela família e poucas pessoas tiveram acesso à lenda do automobilismo desde então.
“O acidente dele em Meribel parece que foi ontem, são episódios que mudam sua vida. Por respeito a ele e a sua família, devemos ficar perto dele, esta situação difícil permanece. O que há entre mim e a família permanece privado, mas viver assim por dez anos é algo que você nunca desejaria nem para o seu pior inimigo”, disse Domenicali, em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport.
Schumacher trabalhou com Domenicali enquanto foi piloto da Ferrari. Pela escuderia italiana, ele conquistou cinco dos seus sete títulos na Fórmula 1 (2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) — os outros dois foram pela Benetton, em 1994 e 1995. Para Domenicali, o holandês Max Verstappen, tricampeão mundial da categoria neste ano, é o competidor da atualidade que mais lembra Michael Schumacher quando o assunto é a destreza ao volante.
“O nosso desporto é sempre caracterizado por uma combinação de um carro muito forte e um piloto extraordinário. Com Max Verstappen, temos um piloto maduro na gestão de corridas e qualificação: ele me lembra Michael Schumacher por não deixar nada para ninguém”, afirmou.
Michael Schumacher estava de férias com a família quando aconteceu o acidente dez anos atrás. Durante um passeio de esqui, ele entrou em uma área perigosa não demarcada entre duas pistas. Ele usava capacete, mas bateu forte a cabeça e sofreu traumatismo craniano que o deixou em coma por meses.
Periodicamente, amigos da família de Schumacher que conviveram com o heptacampeão no auge de sua carreira na Fórmula 1 comentam como está seu estado de saúde, mas sem detalhes, protegendo o interesse da mulher do piloto, Corinna Betsch, que prefere a discrição e nunca se abriu sobre o marido. Um dos poucos que mantém contato com os familiares é Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, equipe onde Schumacher trabalhou ao lado de Rubens Barrichello.