Quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de março de 2023
Setenta hipopótamos que pertenceram ao traficante Pablo Escobar, morto em 1992, devem ser extraditados para México e Índia pelo governo da Colômbia. A informação é do jornal El Tiempo. Os animais, que foram batizados de “cocaine hippos” e já inspiraram até filme, vivem na cidade de Puerto Triunfo, na região de Antioquia, e são considerados uma ameaça ao meio ambiente. Segundo a reportagem, o governo colombiano espera que o traslado comece em dois meses. Países como Equador, Filipinas e Botswana demonstraram interesse em receber alguns dos animais.
Os animais são descendentes de quatro importados da África para a Colômbia por Escobar em 1993. Atualmente, com uma procriação desenfreada, já são mais de 80. O problema se arrasta há anos. Neste período, o governo colombiano decidiu por esterilizar e sacrificar alguns deles, acusados de devastarem o ecossistema no departamento de Antioquia.
Alguns meses depois, autoridades da Colômbia desistiram da esterilização cirúrgica, por defenderam que o método é muito perigoso e não haveria recursos para realizá-lo em dezenas de animais. Onze integrantes do grupo chegaram a passar pela cirurgia. No mesmo mês, o governo divulgou que decidiu controlar a população com um novo método: dardos carregados com o anticoncepcional GonaCon. Ao todo, 24 hipopótamos foram tratados dessa forma.
Em novembro do mesmo ano, os hipopótamos foram reconhecidos como “pessoas” ou “pessoas interessadas” com direitos legais nos Estados Unidos. A decisão de um tribunal federal do distrito de Ohio foi a primeira do tipo para não-humanos.
A medida gerou polêmica e dividiu a população local. Em julho, um advogado colombiano, Luiz Maldonado, interpôs uma ação na justiça do país em nome dos animais para impedir a morte deles, alegando que a esterilização seria uma melhor solução.