Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 10 de setembro de 2024
Em resposta aos impactos na rede de saúde do Rio Grande do Sul devido às enchentes, os hospitais Hcor e Moinhos de Vento implementarão um projeto emergencial, demandado pelo Ministério da Saúde (MS), via Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Sistema Único (Proadi-SUS), para apoiar o processo de gestão de sete instituições públicas e filantrópicas afetadas.
Para isso, os dois hospitais vão realizar diagnósticos emergenciais e situacionais de como as instituições se encontram atualmente, apresentarão planos de ação e apoio para a entrega de melhorias, capacitarão lideranças e ajudarão a monitorar os resultados.
O projeto, chamado de Apoio Emergencial à Gestão de Hospitais no Rio Grande do Sul, visa fortalecer o sistema público de saúde da região após as enchentes de maio e será executado juntamente pelos dois hospitais, com atuação em 12 pilares estratégicos:
* Rede de Atenção à Saúde: avaliar o impacto das enchentes e reestruturação temporária e permanente da rede.
* Governança corporativa: revisar as estruturas jurídica e administrativa para otimizar a tomada de decisões.
* Econômico-financeiro: analisar a situação econômica das instituições para garantir a sustentabilidade das operações.
* Prática assistencial: melhorar os processos assistenciais para ofertar atendimento seguro e de qualidade.
* Qualidade e segurança: identificar e mitigar possíveis riscos assistenciais.
* Serviços de apoio: aumentar a produtividade e eficiência dos serviços.
* Produção e capacidade assistencial: avaliar e otimizar a capacidade operacional e custo dos serviços.
* Recursos humanos: mapear as condições de trabalho das equipes.
* Compras e gestão de contratos: melhorar os processos de aquisição e gestão de contratos.
* Logística: otimizar o abastecimento de insumos.
* Infraestrutura: avaliar e promover manutenção de equipamentos e instalações hospitalares.
* Tecnologia da Informação: avaliar o funcionamento dos sistemas essenciais para a administração e assistência.
“Estamos comprometidos em oferecer o suporte necessário para que essas sete instituições qualifiquem seus processos de gestão e sejam fortalecidas ”, explica Fernando Torelly, CEO do Hcor.
“É importante frisar que, para isso, faremos uma consultoria abrangente que avaliará diferentes áreas, analisando desde o funcionamento e fluxos de atendimento, estrutura jurídica, administrativa e processos decisórios, registros contábeis, financeiros e indicadores de gestão até riscos assistenciais e melhorias contínuas, a produtividade e a contratação de serviços de apoio, além de capacidade operacional e custos de serviços”, complementa o executivo.
As sete instituições que receberão o projeto foram apontadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde, com a participação do Ministério da Saúde. “Estamos em Porto Alegre e vivemos essa tragédia que aconteceu no estado. Desde o início, temos buscado ajudar os nossos parceiros e atuado para reconstrução de hospitais atingidos pela tragédia. Agora, com o Proadi-SUS, apoiaremos na implementação de um plano de ação e no desdobramento de projetos operacionais, táticos e estratégicos. Afinal, os sete hospitais analisados possuem grande relevância para a rede de atenção à saúde gaúcha”, afirma Mohamed Parrini, CEO do Moinhos de Vento.
Os sete hospitais selecionados para participar do projeto são o Hospital Universitário de Canoas, o Hospital de Pronto Socorro de Canoas, o Hospital de Cardiologia de Porto Alegre, o Hospital Presidente Vargas, o Hospital Vila Nova, o Hospital Restinga e Extremo Sul, e o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.
A iniciativa está alinhada com o Plano Nacional de Saúde e às ações de apoio à Reestruturação do Estado pós calamidade. “O Proadi-SUS contribui com o Sistema Único de Saúde (SUS) há mais 15 anos, realizando projetos estruturantes e eficientes em todas as regiões e estados do País. E em um momento de catástrofe climática, em que a saúde foi impactada e as instituições atuam no limite de suas capacidades operacionais, é necessário um plano de ação que faça esse raio-x de como estão esses hospitais, ajude e capacite as lideranças destas instituições, além de colaborar no monitoramento da execução dos planos de ação”, diz Lucas Gomes, coordenador geral da Atenção Especializada do Ministério da Saúde.
Torelly explica que o primeiro passo a partir de agora é promover um diagnóstico emergencial, plano que será entregue em dez dias. Já o diagnóstico estruturante deve ser entregue em 60 dias, realizado por um time de 17 profissionais especialistas in loco, contando com o conhecimento dos hospitais Moinhos de Vento e do Hcor, que darão suporte em todas as etapas. “O Proadi-SUS já executa alguns projetos que contemplam unidades de saúde no Rio Grande do Sul. Seguiremos com o nosso propósito de apoiar e aprimorar o SUS”, finaliza Mohamed Parrini.