Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Com novas atrações, Dubai ganha destaque entre turistas brasileiros

A pergunta que uma mulher mais responde ao visitar Dubai – dos menos inteirados sobre os Emirados Árabes Unidos – é se teve algum problema com o dress code. A resposta pode surpreender: não há encrencas em usar um guarda-roupa ocidental nas principais atrações. Há, inclusive, desfiles de croppeds e minissaias por todos os lados. Amplamente aberta ao turismo, a cidade reúne sotaques e costumes de muitas partes do mundo – com algumas adaptações, sobretudo ao consumo de álcool, mais restrito.

Os guias costumam repetir que “se você tem uma vontade e dinheiro para pagar, Dubai realiza para você”. A tal hospitalidade dá frutos: entre janeiro e outubro deste ano, o número de brasileiros que visitaram o local subiu 223%, em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A taxa supera o crescimento de viajantes para cidades que tradicionalmente atraem a atenção de brasileiros, como Paris, Amsterdã, Madri e Lisboa, no mesmo período.

Para tanto, há uma seleção de novidades da gastronomia à hotelaria, passando por toda a sorte de passeios. Um dos points disputados é a piscina Aura Skypool, a 200 metros do solo, com vista 360° para o Golfo Pérsico. A entrada custa a partir de R$ 360. “Abrimos em novembro do ano passado e segue concorrida. A fila de espera pode chegar a sete semanas”, diz a gerente Patricia Portilho. O lugar atrai uma turma jovem interessada em ver e ser vista – e rende uma chuva de selfies. A bem da verdade, é praticamente irresistível passar incólume à vista da piscina de borda infinita. O drinque que adorna as mãos de moças e rapazes próximos aos 30 anos é cor-de-rosa e preparado com gim, vermute, toranja e suco de limão.

Ainda no roteiro das alturas, outro ponto imperdível é a visita ao Burj Al Khalifa, o prédio mais alto do mundo, com filas para entrar que fazem jus à sua grandiosidade. São 148 andares até o mirante de vidro. Para conseguir o melhor registro do local – cujos ingressos partem dos R$ 115 –, os visitantes não se furtam a sentar no chão ou pedir uma ajudinha de desconhecidos. Dos 555 metros de altura, é possível ver a cidade de um ângulo improvável. Arranha-céus parecem feitos de Lego.

Seguindo na ala dos “mais e maiores”, é possível fazer um tour pelo Burj Al Arab (os nomes semelhantes não são coincidência, burj é “torre” em árabe), o hotel mais luxuoso do emirado. No café local, serve-se o “golden cappuccino”, que nada mais é que a bebida coroada com uma fina camada de ouro 24 quilates. São vendidos, diariamente, cem unidades, a cerca de R$ 120, cada. A xícara que comporta a bebida também é envolvida no metal nobre. Servido morno – para o calor não derreter o ouro –, o gosto não é lá tão diferente de uma versão mais, digamos, modesta, servida por bons baristas. Mas a equipe do hotel garante que essa “alinha os chakras”.

Aos que querem ver a orla da cidade, há um passeio de barco – que dura entre três e quatro horas – com DJ privativo e seleção de petiscos. A vista da roda-gigante de 250 metros também vale uma parada. E, sim, é a maior do tipo no mundo.

Glamping

Há dois meses, o lugar passou a ter um local para “glamping”, os tais acampamentos de luxo, chamado The Nest. O cenário é o das areias do deserto. As “cabanas” têm armário, cama de casal e chuveiro. “No início do dia, oferecemos café da manhã e trazemos camelos para que os visitantes possam fazer um tour”, diz Ryan Mahfouz, um dos sócios do negócio, cujas proximidades têm uma arena de atividades do mesmo grupo, chamada de Sonara.

Outras novidades dão conta do público que busca por lugares mais tradicionais para pernoitar. É o caso do W Dubai Mina Seyahi, um hotel exclusivo para adultos localizado em um complexo com restaurantes e outlets. Além de um deque com piscina de borda infinita, onde é servido o café da manhã, e um spa versão “pocket”, o lugar é decorado com obras de arte focadas na cultura árabe. É o caso da instalação “Double Wave”, um tapete voador que recebe os visitantes no lobby. Em vidro e tapeçaria, a peça é do artista visual azerbaijano Faig Ahmed. No topo, a suíte presidencial já recebeu nomes como o rapper norte-americano 50 Cent.

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