Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 25 de março de 2024
A partir das 9h desta terça-feira (26), uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre fará aplicação de inseticida em cinco vias públicas do bairro Ipanema (Zona Sul). O objetivo da operação é conter a infestação do mosquito Aedes aegypti na fase adulta, quando transmite a dengue, doença que avança na Capital e outras cidades gaúchas nos últimos meses.
Serão percorridos trechos da avenida Tramandaí e ruas Engenheiro Jorge Porto, Otelo Rosa, Pasteur e Rincão. O ponto de partida é o número 426 da rua Otelo Rosa, próximo à esquina com a avenida Tramandaí. As pulverizações são feitas a partir de avaliação técnica da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) em perímetro com transmissão viral confirmada.
Coordenadora da atividade, a veterinária Gabriela Santiago explica que o chamado “bloqueio químico” elimina os insetos adultos que estão voando no momento da aplicação, não sendo eficaz para eliminação de ovos ou larvas do inseto: “Por isso é importante a eliminação de criadouros”.
Situação
A doença que avança na capital gaúcha ao longo dos últimos meses. O boletim semanal mais recente (a ser atualizado nesta terça-feira) aponta cerca de 800 testes positivos de dengue em Porto Alegre desde janeiro (contra 175 em igual período no ano passado). A maioria foram contraídos na própria cidade, de acordo com estatística divulgada semanalmente. Além disso, há mais de 9,2 mil casos suspeitos.
As ocorrências abrangem quase 80 bairros, com destaque para Restinga, São João, Partenon, Sarandi, Higienópolis, Bom Jesus, Cristal, Passo D’Areia, Centro Histórico e Cavalhada. A boa notícia é que nenhuma resultou em óbito.
Em relação à presença do mosquito transmissor, têm sido constatada a permanência de altos índices de infestação em 43 de 46 bairros monitorados por meio de armadilhas especiais da SMS. Esses e outros detalhes são divulgados no portal ondeestaoaedes.com.br.
Sintomas
– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.
– dor retro-orbital (atrás dos olhos).
– dor de cabeça.
– dor no corpo.
– dor nas articulações.
– mal-estar geral.
– náusea.
– vômito.
– diarreia.
– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).
As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.
Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada.
(Marcello Campos)