Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Confiança do consumidor volta a cair, indica levantamento

A confiança do consumidor voltou a cair em julho (-0,8%), marcando 51,6 pontos numa escala de 0 a 100. A queda foi de 8,5 pontos na comparação anual, segundo o Índice de Confiança do Consumidor, divulgado pela Ipsos. Essa é a segunda maior redução entre os 29 países pesquisados no período.

O levantamento mostra que, dos últimos sete meses, apenas dois apresentaram resultados positivos. Para Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, isso reflete a grande instabilidade no humor dos consumidores, alinhada às altas repetidas do dólar e instabilidade na Ibovespa.

Perguntadas sobre a situação econômica do país, 65% dos entrevistados no Brasil acreditam que a situação está ruim, aumento de 1 ponto em relação a junho. Quando perguntados sobre a melhora na economia para os próximos seis meses, 53% responderam que o cenário deve melhorar. Apesar disso, houve uma queda de 2 pontos percentuais em relação à confiança declarada no mês anterior.

Já a situação financeira pessoal está mais positiva, com apenas 39% dos entrevistados considerando sua situação financeira ruim, enquanto 66% acreditam que estarão melhores em 6 meses. “Os brasileiros sempre têm uma visão mais positiva quanto a sua situação financeira pessoal do que com a situação do país”, diz Calliari.

Situação global

No cenário internacional o destaque fica com o México, que apresentou aumento de 2 pontos percentuais no índice de confiança do consumidor, atingindo 59,3 pontos em julho. “O país segue firme entre os três países mais otimistas do nosso ranking, atrás apenas de Índia e Indonésia, refletindo bem o ótimo momento favorável do país, com projeções muito animadores de crescimento do PIB”, avalia.

Calliari destaca a situação dos Estados Unidos que está em processo de ano eleitoral e da França, que acabou de passar por uma eleição. Ambos apresentaram bom desempenho no índice.

No caso dos americanos, foi registrado um acréscimo de 2,2 pontos percentuais, chegando a 56 pontos, ainda sem refletir os acontecimentos recentes como o atentado contra Donald Trump e a desistência de Joe Biden. “O índice americano já vinha e segue mostrando uma alta importante na confiança do consumidor”, diz.

Já para os franceses o aumento foi de 0,5 pontos na confiança. Segundo Calliari, esse resultado é importante, uma vez que o aumento nos indicadores na França são raros. “A população francesa é naturalmente mais pessimista”.

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