Sábado, 21 de setembro de 2024

Conheça a técnica antirrugas com injeção do sangue na pele usada por uma das filhas de Putin e também por Gisele Bündchen

Em meio à invasão russa na Ucrânia, Katerina Tikhonova, uma das filhas do presidente Vladimir Putin, tem viajado à Alemanha para realizar um procedimento estético chamado de “vampire facial”, ou “lifting de vampiro” – nomes populares para Plasma Rico em Plaquetas (PRP).

As informações são do jornal alemão Bild, que revelou mais de 50 viagens, que começaram há dois anos, para, entre outros motivos, se submeter ao método. Embora vista como incomum e um tanto curiosa, já que envolve a injeção do próprio sangue na pele para torná-la mais jovem, a técnica é popular em clínicas de estética.

Funcionamento

O tratamento ganhou fama desde 2013, quando a socialite americana Kim Kardashian apareceu em seu programa de reality show “Keeping Up with the Kardashians” com o rosto repleto de sangue. Desde então, outras celebridades, como Luciana Gimenez e Gisele Bündchen, já aderiram à técnica. Na Alemanha, segundo o jornal britânico Mirror, a sessão chega a custar 3.400 euros.

O procedimento, embora tenha repercutido por ser inusitado utilizar o próprio sangue, o que foi responsável pelos novos apelidos relacionados ao vampiro, não é novo. Nas clínicas, o PRP é oferecido a clientes que desejam um rosto com aparência mais jovial. Porém, como o próprio nome oficial já diz, não é todo o sangue que é utilizado, e sim a parte chamada de plasma.

Para isso, o método tem início com a retirada de um pouco de sangue da pessoa, geralmente por volta de 10 ml. Depois, o material passa por um centrífuga, que separa a parte do plasma. Esse é o líquido que será utilizado, uma vez que o plasma é rico em plaquetas. Elas, por sua vez, são células com grande concentração de fatores de crescimento que estimulam a renovação celular, a produção de colágeno e de elastina.

O objetivo é que, quando aplicado no rosto, essas plaquetas atuem diminuindo as linhas de rugas e de expressão. Isso acontece especialmente pela produção do colágeno, uma proteína que confere rigidez e elasticidade à pele. Embora essa proteína seja produzida pelo organismo de forma natural, a sua síntese diminui com a idade, o que leva à busca pela reposição.

No geral, especialistas explicam que a técnica é segura, com o risco apenas de pequenos hematomas na região, que desaparecem com o tempo. O procedimento demanda, normalmente, três sessões de 30 minutos cada, e os resultados podem levar cerca de três semanas para aparecer – e durar até 18 meses.

Doenças

O PRP também vem sendo alvo de estudos para tratar lesões e atuar na regeneração de tecidos. No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM), em resolução, definiu que a prática para tratamento de doenças tem caráter “experimental” no Brasil até que surjam novas evidências científicas, e permite a realização com esse fim apenas em pesquisas clínicas.

A prática vem sendo estudada especialmente para problemas ligados à cicatrização de lesões, justamente pelos fatores de crescimento presentes nas plaquetas, que ajudam a pele a se regenerar.

Um estudo publicado na revista científica Scientific Reports, por exemplo, confirmou que o PRP poderia ser utilizado como uma alternativa de matéria prima para o colírio de tratamento da doença grave do olho seco, que provoca lesões no órgão.

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