Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de outubro de 2024
O acidente vascular cerebral (AVC), é uma emergência médica que pode se manifestar de duas maneiras. A primeira se chama AVC isquêmico e ocorre quando há uma interrupção no fluxo de sangue para o cérebro. Já a segunda, conhecida como AVC hemorrágico, acontece quando um vaso sanguíneo se rompe e provoca um sangramento no cérebro.
Segundo o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, o AVC hemorrágico é um quadro que tende a ser mais grave. Isso porque causa um dano adicional do sangue no tecido cerebral e pode resultar em uma hipertensão intracraniana cujo risco de óbito é alto.
“Ambas as situações resultam em uma redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes às células cerebrais, podendo causar danos permanentes”, explica o médico.
Sintomas do AVC
Apesar de causar grandes danos à saúde e possíveis sequelas, a doença nem sempre se manifesta por meio de sinais claros e fáceis de identificar. Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas corporais.
Saiba quais são os principais: Formigamento de um lado do corpo; Perda de força; Alterações na visão; Incapacidade de levantar os braços ou pernas; Sorriso assimétrico; Náuseas e vômitos; Dificuldades para falar.
O especialista esclarece que para detectar os sintomas de maneira mais prática, se indica a realização da técnica do SAMU (Sorrir, Abraçar, Mensagem e Urgência). “Se uma pessoa apresenta dificuldade para sorrir, levantar os braços ou tem a fala embolada, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, ligando para o 192 e relatando a suspeita de AVC”, orienta.
Diagnóstico
O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que identificam qual área do cérebro foi afetada e o tipo do derrame cerebral. É o caso da tomografia computadorizada de crânio, método mais comum para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, por exemplo.
Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, adotar alguns cuidados clínicos de emergência quando o paciente chega ao hospital é essencial: Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura; Checar a glicemia; Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos; Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado; Administrar oxigênio, se necessário; Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante.
Fatores de risco para o AVC
Alguns fatores e condições de saúde podem aumentar a propensão de se ter um AVC, seja ele isquêmico ou hemorrágico: Obesidade; Hipertensão; Diabetes tipo 2; Colesterol alto; Sedentarismo; Tabagismo; Uso excessivo de álcool; Uso de drogas; Histórico familiar; Idade avançada; Ser do sexo masculino.
Prevenção
A inclusão de práticas simples é fundamental para prevenir a doença. Fazer exercícios físicos com regularidade, evitar o consumo de álcool e tabaco, controlar o estresse e cuidar da pressão arterial são atitudes que podem fazer a diferença. “Adotar hábitos saudáveis é crucial para reduzir o risco de um AVC e promover uma vida mais equilibrada”, conclui o neurocirurgião.