Quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Conselho de Segurança da ONU convoca reunião de emergência sobre ataques no Líbano

O Conselho de Segurança das ONU convocou uma uma reunião de emergência para a próxima sexta-feira (20) em que se discutirá a onda de ataques no Líbano, com a detonação de dispositivos civis como pagers e walkie-talkies em dois dias consecutivos. O anúncio foi feito pela Eslovênia, que ocupa a presidência rotativa do conselho.

O encontro do principal fórum de segurança da comunidade internacional foi convocada pela Argélia, único país árabe com representação no Conselho — embora a detonação em série de objetos civis tenha sido amplamente condenada por governos e organizações internacionais, aliados e adversários de Israel, apontado como autor da ação.

A explosão de uma série de aparelhos de comunicação do movimento libanês Hezbollah surpreendeu a comunidade internacional entre terça (17) e quarta-feira (18). A sequência inicial de detonações, que ocorreu de forma quase simultânea, destruiu pagers — equipamentos eletrônicos que tiveram uso mais destacado nas décadas de 1980 e 1990, antes da popularização dos celulares —, matando 12 pessoas e deixando cerca de 2,8 mil pessoas feridas.

O ataque sem precedentes desferiu um duro golpe contra o grupo libanês, tanto do ponto de vista material quanto moral, e demonstrou a capacidade de infiltração dos serviços secretos israelenses — que não admitiu ter liderado a ação. Fontes do governo do Líbano disseram à rede Sky News Arabia que o Mossad conseguiu instalar até 20 gramas de um tipo de explosivo altamente eficaz. A empresa responsável pela fabricação dos pagers, com sede em Taiwan, negou envolvimento, e disse que o lote em questão foi fabricado por uma empresa parceira na Hungria.

Novas explosões

Enquanto governos pelo mundo e organizações internacionais, incluindo o Secretariado-Geral da ONU e o Alto-Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas, ainda condenavam o ataque em função do grande impacto civil, uma nova série de explosões, desta vez contra walkie-talkies usados pelo grupo, foi registrada. Ao todo, contabilizando os dois ataques, o número de mortos foi estimado em 20.

Autoridades israelenses subiram o tom sobre a situação com o Líbano pouco após as explosões desta quarta-feira. Sem mencioná-las diretamente, algumas das principais figuras políticas e militares se deslocaram para o norte do país e falaram abertamente sobre uma nova fase da guerra, em que o alvo seria o Hezbollah.

“O centro de gravidade está se movendo para o norte. Estamos desviando forças, recursos e energia para o norte”,  disse Gallant durante uma visita à base aérea de Ramat David, operada pela Força Aérea israelense.  “Acredito que estamos no início de uma nova fase nesta guerra, e precisamos nos adaptar”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se manifestou sobre a situação na fronteira com o Líbano pela primeira vez após os ataques. “Eu já disse, nós devolveremos os moradores do norte em segurança para suas casas”, afirmou Netanyahu, sem citar as explosões no Líbano. “E é exatamente isso que faremos”, concluiu. As informações são do jornal O Globo.

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