Domingo, 23 de fevereiro de 2025

Correios querem aumentar suas tarifas em 81,6%

Com os Correios beirando a insolvência, como sua direção já admitiu, a atual gestão quer empurrar a conta de sua ineficiência para o cidadão. Quer aumentar tarifas em vez e cortar despesas, assim como o governo Lula (PT) aumenta impostos em vez de cortar gastos. A ideia é impor 81,6% de aumento nas tarifas já a partir de abril, segundo o documento com “ações para sustentabilidade econômico-financeira”, a que a coluna teve acesso. A estatal negou até que haja discussão sobre o assunto.

Só pensam naquilo
A estatal traçou cenários de 12%, 20%, 45% e 81,6%. Neste último caso, o estudo prevê R$3,4 bilhões em caixa… até ficar insolvente outra vez.

Nem pro cheiro
No plano, os Correios dizem que última revisão tarifária ocorreu em 2017 e foi de 4,094%. Diz ter sido insuficiente para cobrir seus custos. Claro.

Culpa do Haddad
O documento reforça que a “taxa das blusinhas”, imposta por Fernando Haddad (Fazenda), prejudicou a receita e tornou a estatal insolvente.

Toque de caixa
O documento será apresentado nos próximos dias. Precisa ser aprovado pela diretoria, moleza até aí. A resistência, se ocorrer, será no conselho.

Lula ignora Estados onde perdeu para Bolsonaro
Em quase 800 dias de governo, o presidente Lula (PT) sempre arrumou espaço na agenda para passear pelo Brasil e dar seus rolês mundo afora, tudo bancado pelo pagador de impostos. Mas três Estados brasileiros ainda não receberam visita do petista: Acre, Rondônia e Tocantins. Dos três, Tocantins foi o único em que o petista levou a melhor nas urnas no segundo turno, ainda assim, passou raspando: 51,36% a 48,64%. Nos demais, a derrota petista foi significativa.

De lavada
No Acre, governado pelo bolsonarista Gladson Cameli (PP), o ex-presidente de direita ganhou de lavada: 70,3% dos votos válidos.

Surra nas urnas
Em Rondônia, do governador Marcos Rocha (União), fiel apoiador de Bolsonaro, a diferença também foi grande: 70,66% são bolsonaristas.

Ele veio a passeio
Tempo para voar por aí, Lula tem de sobra. Neste terceiro mandato, viajou três vezes aos Estados Unidos. Também visitou outros 31 países.

Problema identificado
Relator do Orçamento, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) não deixou passar cobrança de Fernando Haddad (Fazenda) para votar o projeto. Diz ele que o ministro “sabe muito bem onde está o problema”. Atende pelo nome de Flávio Dino, novo gestor das emendas parlamentares.

Para o PT, com carinho
A própria presidente do PT e aparente futura ministra do governo Lula, Gleisi Hoffmann, admitiu que as denúncias da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro foram um “presente” para seu partido.

Contabilidade criativa
A ‘solução’ de Lula e cia. para salvar o Plano Safra, suspenso na sexta-feira (21), é uma medida provisória. Já que “crédito extraordinário não fere o arcabouço fiscal”, tentou justificar Fernando Haddad (Fazenda).

Fechou com Tarcísio
Dono do PSD, Gilberto Kassab diz que o partido está fechado com a chapa que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), montar no Estado. No nacional, o papo é outro, deve ter “nome próprio”. Anrã.

Parado
Parou tudo no Tribunal de Contas da Bahia. Canetada do ministro Dias Toffoli (STF) suspendeu nomeações. Há uma ação que diz que o TCE-BA ignorou exigência do STF, de 2021, para criar o cargo de auditor.

Aldo, 69
Ex-ministro da Defesa, da Ciência e Tecnologia e do Esporte, além de ter ocupado a presidência da Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007, Aldo Rebelo completa 69 anos neste domingo (23).

Vê quem quer
A associação Abia diz que a indústria de alimentos e bebidas aumentou o faturamento em quase 10%, em 2024, e atribui o crescimento à “expansão do emprego e renda”. “Inflação” não entrou no discurso.

Comércio desacelera
Levantamento do Serasa Experian captou desaceleração do comércio em janeiro. O setor ainda conseguiu um suspiro positivo de 0,3%, mas o índice ficou abaixo do registrado em dezembro (2024), 0,8%.

Pensando bem…
…xerife, promotor, vítima, juiz e agência reguladora de comunicações.

PODER SEM PUDOR
Cultura musical
Certa vez, ao ler um discurso escrito pelo seu “ghost-writer”, o governador Benedito Valadares foi surpreendido pela palavra “quiçá”. E não se perturbou: pronunciou-a “cuíca”. Tempos depois, numa visita ao Grande Hotel Brasil, de Araxá, deparou-se com um conjunto musical e quis saber o nome dos instrumentos. Quando foi apresentado a uma “cuíca”, ele reagiu: “⁠Como? “Cuica”? Não, nessa não me pegam mais…”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

Instagram: @diariodopoder

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