Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de novembro de 2022
Caso se confirme a escolha do ministro do STF Ricardo Lewandowski para o Ministério da Defesa do governo Lula, como circula nos bastidores de Brasília, ele ficará sujeito à mesma crítica de lulistas a Sérgio Moro, na lorota de que suas sentenças, como juiz na Lava Jato, seriam parte do “plano” para eleger Jair Bolsonaro anos depois. Lewandowski pode ser acusado por bolsonaristas de suposta ligação ao PT e de decisões que favoreceram o petista. Em 2021, por exemplo, a pedido da defesa de Lula, proibiu a Lava Jato de investigar a ligação Odebrecht-Instituto Lula.
Sob pressão
Em seguida, aceitou ação do PT contra Bolsonaro por ameaçar divulgar aqueles que, na Anvisa, liberaram vacinas para crianças de 5 anos.
Canto do ringue
Também aceitou notícia-crime de deputado do PSB contra Bolsonaro por “peculato e prevaricação” em razão de seus discursos de 7 de Setembro.
Criatividade
A 15 dias do 2º turno, no TSE, alegou “desordem informacional” para apoiar censura a um documentário inédito sobre a facada em Bolsonaro.
Expulsória evitada
Lewandowski completa a idade-limite de 75 anos em maio de 2023 e a ideia seria antecipar a aposentadoria para assumir o cargo em janeiro.
Ingerência do TCU derruba ações da Petrobras
Depois de buscar os holofotes na transição, sem competência para isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) agora ameaça interferir na política de remuneração dos acionistas da Petrobras, o que agrada muito a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que criticou a estatal. Apesar de não ser chamada de “ingerência” nas manchetes, como aconteceu com críticas idênticas de Jair Bolsonaro, o mercado não perdoou e o TCU fez as ações da estatal desabarem 6% em dia de alta de 4% no petróleo.
Origem do tombo
A visão do mercado de interferência veio do pedido do MP junto ao TCU para suspender o pagamento de dividendos anunciados pela estatal.
Tirando o fundamental
A Política de Remuneração da Petrobras é clara em seu objetivo de dar ao pagamento de acionistas “previsibilidade”, que o TCU pode acabar.
Bolso cheio
A Petrobras garante dividendos trimestrais de no mínimo US$4 bilhões (R$20 bilhões) caso o barril esteja acima de US$40. Está em US$98.
Ficando engraçado
Henrique Meirelles faz lembrar o dito popular sobre o que acontece a quem se abaixa demais. Ele está tão empenhado em ser convidado para o futuro governo que agora defende que Lula fure o texto de gastos, que criou quando ministro da Fazenda de Temer, para viabilizar os R$600.
Hora da adulação
Bajulador emérito, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, agora diz que “é natural” furar o teto de gastos aprovado no Congresso Nacional. Ele faz qualquer negócio para Lula ajudá-lo a seguir no cargo.
Ofício fake
Circula ofício ao TSE grosseiramente falsificado, sobre fraude eleitoral, “assinado” pelo “comandante do Exército”, general Paulo Sérgio. Ele é o ministro da Defesa. O comandante é o general Marco Antonio Gomes.
Nova governança
Presidente do PSD e ex-ministro de Lula, Gilberto Kassab é um dos articuladores que mais trabalham no meio de campo entre a equipe do PT e o Congresso. O partido quer mandar como já mandou o MDB.
Madame Bordoada
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann resolveu abraçar o estilo Bolsonaro e foi às redes sociais distribuir caneladas nos adversários. Atacou o bispo Edir Macedo, o senador eleito Hamilton Mourão e até Nelson Piquet.
Pequenos otimistas
No 3º trimestre de 2022, o Índice de Confiança do Empresário Industrial medido pela CNI para as indústrias de pequeno porte foi de 58,7 pontos em outubro de 2022, quase seis pontos acima da média histórica de 53.
Biden, senhor da guerra
Com a aprovação do novo “pacote de ajuda militar” à Ucrânia, o governo do norte-americano Joe Biden já enviou quase US$19 bilhões ao país do leste europeu. O valor é praticamente igual ao PIB do Afeganistão.
Política de volta
Ao contrário dos dias de eleição, temas políticos dominaram as buscas dos internautas brasileiros na sexta (4). A taxação do Pix, Flávio Dino, e Luis Roberto Barroso (STF) dominaram o Top10 do Google Trends.
Pensando bem…
…é melhor entregar o governo para o centrão e continuar com as férias.
PODER SEM PUDOR
Olhos bem fechados
Conhecido cabeça dura udenista, Oscar Dias Correia era adversário ferrenho de Juscelino Kubitschek (PSD). Estava certa vez Poço de Caldas quando telefonou a um amigo de Andradas, avisando que viajaria ao seu encontro. O homem observou, satisfeito: “Bem, agora, com a nova estrada, o senhor pode vir mais rápido!” Correia se ofendeu com a referência à importante obra rodoviária de JK: “Vou pela estrada antiga. Ou você acha que vou dar prestígio para essa estrada do Juscelino?”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos