Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Covid-19: por que ainda não temos vacina contra as variantes?

Com a ascensão da pandemia, as vacinas contra Covid-19 foram desenvolvidas, testadas e implementadas em tempo recorde. No entanto, o vírus continua evoluindo, e os imunizantes ainda têm como alvo o vírus original que foi identificado no final de 2019. Por que ainda não há fórmulas específicas contra as variantes?

Atualizar a vacina contra uma variante específica do SARS-CoV-2 (o vírus por trás da Covid-19) não é tão simples quanto parece. Especialistas comentam que o vírus muda rapidamente, e cada uma dessas variantes existe por alguns meses e depois é substituída por uma nova. É uma corrida em que estamos continuamente atrasados.

Frente a isso, a FDA (Food and Drug Administration, órgão de saúde dos EUA) conduziu um comitê em 28 de junho, em que especialistas da área da saúde alertaram que as doses contra covid-19 ajudaram a restaurar alguma proteção contra doenças graves, mas a eficácia mostrou diminuir após um tempo.

Esse comitê recomendou que os fabricantes de vacinas atualizassem as doses de reforço da Covid-19 para se adaptar às subvariantes da Ômicron, BA.4 e BA.5, que têm dominado os EUA e crescido no Brasil. A recomendação vem com base em evidências de que essas subvariantes geraram uma nova onda de hospitalizações.

A Moderna e a Pfizer, que trabalham com vacinas de mRNA contra a Covid-19 (que ensinam a célula da pessoa a produzir proteínas, e com isso gera uma reação de anticorpos contra a espícula do coronavírus), passaram a desenvolver reforços específicos destinados a combater as subvariantes BA.4 e BA.5. Há uma longa jornada pela frente, no entanto, até que esses imunizantes estejam disponíveis.

Em paralelo, laboratórios em todo o mundo também estão tentando desenvolver uma vacina universal contra o coronavírus, que possa proteger contra as novas variantes do SARS-CoV-2 que surgirem.

De qualquer forma, a ciência ainda não consegue afirmar com convicção se precisaremos de uma vacina contra as variantes toda vez que uma nova surgir. Pode ser que um reforço contra a Ômicron seja suficiente para oferecer proteção contra variantes que surgem em um futuro próximo, mas os cientistas ainda não são capazes de se antecipar a esse vírus. A situação segue enigmática.

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