Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 23 de outubro de 2023
Uma amostra de poeira lunar trazida à Terra pelos astronautas da última missão tripulada à Lua, a Apollo 17, em 1972, revelou que o satélite é mais velho do que se acreditava. A conclusão foi publicada nessa segunda-feira (23) na revista Geochemical Perspectives Letters.
A poeira lunar avaliada contém pequenos cristais de zircão que se formaram bilhões de anos atrás. “Porque sabemos a idade desses cristais, eles servem como um ponto de referência para a cronologia lunar”, explica em comunicado Philipp Heck, professor da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e autor sênior do estudo.
A pesquisa mostra que a Lua tem 40 milhões de anos a mais do que se pensada, ou seja, 4,46 bilhões de anos. Naquela época, quando o Sistema Solar ainda era jovem e a Terra estava se formando, um objeto gigante do tamanho de Marte colidiu com nosso planeta.
A energia do impacto derreteu rocha terrestre desprendida, que depois se tornou a superfície lunar. “Quando a superfície estava derretida assim, os cristais de zircão não podiam se formar e sobreviver. Então, qualquer cristal na superfície da Lua deve ter se formado após o resfriamento desse oceano de magma lunar”, diz Heck. “Caso contrário, eles teriam sido derretidos e suas assinaturas químicas teriam sido apagadas.”
Busca
Bidong Zhang, coautor do novo estudo, realizou uma pesquisa anterior que também sugeriu a idade da Lua. Porém, esta é a primeira vez que os cientistas usam tomografia por sonda atômica, um método analítico que estimou a idade do cristal lunar mais antigo conhecido.
Oxigênio, ferro e mais: saiba quais elementos sonda indiana já achou na Lua
“Na tomografia por sonda atômica, começamos afiando uma peça da amostra lunar em uma ponta afiada, usando um microscópio de íons focados, quase como um apontador de lápis muito sofisticado”, detalha Jennika Greer, líder do estudo.
Em seguida, a equipe usou lasers UV para evaporar átomos da superfície dessa ponta afiada. “Os átomos passam por um espectrômetro de massas, e a rapidez com que se movem nos diz o quanto são pesados, o que, por sua vez, nos diz do que são feitos”, conta a pesquisadora.
Essa análise átomo a átomo, feita com instrumentos na Universidade Northwestern, nos EUA, mostrou quantos átomos dentro dos cristais de zircão haviam passado por decaimento radioativo (transformação em um elemento químico diferente).
Os cientistas estabeleceram quanto tempo leva para esse processo ocorrer e, ao examinar a proporção de diferentes átomos de urânio e chumbo (chamados isótopos) presentes em uma amostra, eles estimaram sua idade.
A proporção de isótopos de chumbo encontrados pelos pesquisadores indicou que a amostra tinha cerca de 4,46 bilhões de anos. Portanto, a Lua deve ter pelo menos essa idade. “É incrível poder ter a prova de que a rocha que você está segurando é o pedaço mais antigo da Lua que encontramos até agora”, diz Greer. “É um ponto de referência para muitas perguntas sobre a Terra. Quando você sabe a idade de algo, pode entender melhor o que aconteceu com isso em sua história.”
Por Redação Rádio Pampa | 23 de outubro de 2023
Uma amostra de poeira lunar trazida à Terra pelos astronautas da última missão tripulada à Lua, a Apollo 17, em 1972, revelou que o satélite é mais velho do que se acreditava. A conclusão foi publicada nessa segunda-feira (23) na revista Geochemical Perspectives Letters.
A poeira lunar avaliada contém pequenos cristais de zircão que se formaram bilhões de anos atrás. “Porque sabemos a idade desses cristais, eles servem como um ponto de referência para a cronologia lunar”, explica em comunicado Philipp Heck, professor da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e autor sênior do estudo.
A pesquisa mostra que a Lua tem 40 milhões de anos a mais do que se pensada, ou seja, 4,46 bilhões de anos. Naquela época, quando o Sistema Solar ainda era jovem e a Terra estava se formando, um objeto gigante do tamanho de Marte colidiu com nosso planeta.
A energia do impacto derreteu rocha terrestre desprendida, que depois se tornou a superfície lunar. “Quando a superfície estava derretida assim, os cristais de zircão não podiam se formar e sobreviver. Então, qualquer cristal na superfície da Lua deve ter se formado após o resfriamento desse oceano de magma lunar”, diz Heck. “Caso contrário, eles teriam sido derretidos e suas assinaturas químicas teriam sido apagadas.”
Busca
Bidong Zhang, coautor do novo estudo, realizou uma pesquisa anterior que também sugeriu a idade da Lua. Porém, esta é a primeira vez que os cientistas usam tomografia por sonda atômica, um método analítico que estimou a idade do cristal lunar mais antigo conhecido.
Oxigênio, ferro e mais: saiba quais elementos sonda indiana já achou na Lua
“Na tomografia por sonda atômica, começamos afiando uma peça da amostra lunar em uma ponta afiada, usando um microscópio de íons focados, quase como um apontador de lápis muito sofisticado”, detalha Jennika Greer, líder do estudo.
Em seguida, a equipe usou lasers UV para evaporar átomos da superfície dessa ponta afiada. “Os átomos passam por um espectrômetro de massas, e a rapidez com que se movem nos diz o quanto são pesados, o que, por sua vez, nos diz do que são feitos”, conta a pesquisadora.
Essa análise átomo a átomo, feita com instrumentos na Universidade Northwestern, nos EUA, mostrou quantos átomos dentro dos cristais de zircão haviam passado por decaimento radioativo (transformação em um elemento químico diferente).
Os cientistas estabeleceram quanto tempo leva para esse processo ocorrer e, ao examinar a proporção de diferentes átomos de urânio e chumbo (chamados isótopos) presentes em uma amostra, eles estimaram sua idade.
A proporção de isótopos de chumbo encontrados pelos pesquisadores indicou que a amostra tinha cerca de 4,46 bilhões de anos. Portanto, a Lua deve ter pelo menos essa idade. “É incrível poder ter a prova de que a rocha que você está segurando é o pedaço mais antigo da Lua que encontramos até agora”, diz Greer. “É um ponto de referência para muitas perguntas sobre a Terra. Quando você sabe a idade de algo, pode entender melhor o que aconteceu com isso em sua história.”
Por Redação Rádio Pampa | 23 de outubro de 2023
Uma amostra de poeira lunar trazida à Terra pelos astronautas da última missão tripulada à Lua, a Apollo 17, em 1972, revelou que o satélite é mais velho do que se acreditava. A conclusão foi publicada nessa segunda-feira (23) na revista Geochemical Perspectives Letters.
A poeira lunar avaliada contém pequenos cristais de zircão que se formaram bilhões de anos atrás. “Porque sabemos a idade desses cristais, eles servem como um ponto de referência para a cronologia lunar”, explica em comunicado Philipp Heck, professor da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e autor sênior do estudo.
A pesquisa mostra que a Lua tem 40 milhões de anos a mais do que se pensada, ou seja, 4,46 bilhões de anos. Naquela época, quando o Sistema Solar ainda era jovem e a Terra estava se formando, um objeto gigante do tamanho de Marte colidiu com nosso planeta.
A energia do impacto derreteu rocha terrestre desprendida, que depois se tornou a superfície lunar. “Quando a superfície estava derretida assim, os cristais de zircão não podiam se formar e sobreviver. Então, qualquer cristal na superfície da Lua deve ter se formado após o resfriamento desse oceano de magma lunar”, diz Heck. “Caso contrário, eles teriam sido derretidos e suas assinaturas químicas teriam sido apagadas.”
Busca
Bidong Zhang, coautor do novo estudo, realizou uma pesquisa anterior que também sugeriu a idade da Lua. Porém, esta é a primeira vez que os cientistas usam tomografia por sonda atômica, um método analítico que estimou a idade do cristal lunar mais antigo conhecido.
Oxigênio, ferro e mais: saiba quais elementos sonda indiana já achou na Lua
“Na tomografia por sonda atômica, começamos afiando uma peça da amostra lunar em uma ponta afiada, usando um microscópio de íons focados, quase como um apontador de lápis muito sofisticado”, detalha Jennika Greer, líder do estudo.
Em seguida, a equipe usou lasers UV para evaporar átomos da superfície dessa ponta afiada. “Os átomos passam por um espectrômetro de massas, e a rapidez com que se movem nos diz o quanto são pesados, o que, por sua vez, nos diz do que são feitos”, conta a pesquisadora.
Essa análise átomo a átomo, feita com instrumentos na Universidade Northwestern, nos EUA, mostrou quantos átomos dentro dos cristais de zircão haviam passado por decaimento radioativo (transformação em um elemento químico diferente).
Os cientistas estabeleceram quanto tempo leva para esse processo ocorrer e, ao examinar a proporção de diferentes átomos de urânio e chumbo (chamados isótopos) presentes em uma amostra, eles estimaram sua idade.
A proporção de isótopos de chumbo encontrados pelos pesquisadores indicou que a amostra tinha cerca de 4,46 bilhões de anos. Portanto, a Lua deve ter pelo menos essa idade. “É incrível poder ter a prova de que a rocha que você está segurando é o pedaço mais antigo da Lua que encontramos até agora”, diz Greer. “É um ponto de referência para muitas perguntas sobre a Terra. Quando você sabe a idade de algo, pode entender melhor o que aconteceu com isso em sua história.”