Sábado, 28 de dezembro de 2024

De amputação do pênis a visão vermelha: saiba o que pode acontecer se você tomar muito viagra

Um homem, colombiano, na casa dos 60 anos, precisou amputar o pênis depois que ele intencionalmente tomou doses em excesso de viagra para impressionar a namorada. Após vários dias de ereção, ele procurou o hospital devido às dores. Os médicos constataram que o órgão estava fraturado e gangrenado.

O medicamento, também conhecido como Sildenafil, é usada para tratar a disfunção erétil, bem como a hipertensão pulmonar. Ensaios extensivos e estudos de acompanhamento consideraram-no um tratamento seguro e eficaz para a disfunção erétil, para a qual é mais comumente usado. Como a maioria das drogas, existem efeitos colaterais comuns, como dores de cabeça, náuseas e tonturas, nariz entupido e ondas de calor.

Porém, o que pode acontecer ao paciente se tomar viagra em excesso? Além do pênis amputado, há relatórios médicos de problemas na visão.

Um homem de 31 anos, que não teve seu nome revelado, pediu citrato de sildenafil líquido pela internet. Em vez de tomar a dose recomendada usando a pipeta fornecida, ele revelou aos médicos que tomou direto do gargalo, como se estivesse bebendo água na garrafa. O homem estimou que havia tomado muito mais do que a dose recomendada.

O paciente então, segundo relatório médico, começou a notar uma tonalidade vermelha em sua visão juntamente com flashes e flutuações em sua visão. Normalmente, sintomas visuais como esse desaparecem em 24 horas, porém, no caso do homem, a tonalidade vermelha permaneceu por três meses e só foi sanada após um ano.

“O citrato de sildenafil também pode inibir a 6-fosfodiesterase (PDE-6) na retina. A PDE-6 é uma substância importante para converter sinais ópticos em sinais elétricos no processo da visão. A inibição de PDE-6 pode levar a anormalidades visuais e defeitos de visão de cores”, explicou a equipe médica em relação ao caso.

Outros efeitos colaterais menos comuns incluem desmaios, dor no peito, ataques cardíacos e derrames, bem como uma ereção que dura mais de quatro horas.

Infarto

No entanto, o medicamento tem um benefício adicional: reduzir o risco de doenças cardíacas em até 39% em homens. A conclusão é de um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. Os homens que tomam o remédio também parecem menos propensos a sofrer morte prematura por qualquer causa.

O estudo, publicado recentemente na revista científica Journal of Sexual Medicine, analisou dados de mais de 70 mil homens diagnosticados, com em média 52 anos, com disfunção erétil, entre 2006 e 2020. Por meio de registros médicos, os pesquisadores determinaram quem havia tomado remédios para disfunção erétil – e quaisquer problemas cardíacos subsequentes que possam ter sofrido durante o período de acompanhamento. Entre os participantes, 23.816 usavam os remédios para ajudar na cama, enquanto outros 48.682 não.

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