Terça-feira, 24 de setembro de 2024

Debate em São Paulo termina com Pablo Marçal expulso e marqueteiro de Ricardo Nunes agredido

O oitavo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado nessa segunda-feira (23) pelo Grupo Flow, foi marcado por uma confusão no final. Pablo Marçal (PRTB) foi expulso nos segundos finais do programa, após discutir com o apresentador Carlos Tramontina. Pouco depois, o marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima, teria sido agredido com um soco.

Marçal foi eliminado faltando dez segundos para que concluísse suas considerações finais. O ex-coach, que havia mantido o tom moderado durante o debate, chamou repetidas vezes o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de “bananinha”, quebrando assim uma regra do programa que proibia o uso de apelidos pejorativos, e prometeu “prender” o emedebista caso seja eleito, citando investigações a respeito da máfia das creches.

A saída do candidato do PRTB do programa foi seguida de um corre-corre, com seguranças e assessores invadindo o estúdio. Durante a confusão, o marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima, teria levado um soco no rosto. Segundo Tramontina, que mal conseguiu se despedir dos telespectadores, Lima estava sangrando.

Segundo um dos presentes, no momento que Marçal era expulso, um assessor do candidato tentava filmar a cena com um celular. Foi quando Duda Lima, marqueteiro de Nunes, teria pedido licença para o rapaz.

“E aí esse rapaz deu um soco no Duda Lima, do nada. Ele ficou sangrando, com o rosto pingando sangue no chão”, diz Leandro Narloch, chefe de comunicação de Marina Helena.

Marçal em queda

Estagnação nas pesquisas, cansaço físico e falta de dinheiro já começaram a afetar o ritmo da campanha de Marçal. O ex-coach vem reduzindo o número de agendas públicas, algo incomum para a reta final de uma eleição dessa magnitude. Também tem se queixado de falta de dinheiro para a campanha e passou a considerar, em suas falas, a possibilidade de não ser eleito – o que vai na contramão de um reiterado discurso de vitória em primeiro turno.

Mesmo antes de ter levado uma cadeirada durante o debate da TV Cultura, no domingo (15), Marçal já havia confidenciado cansaço a alguns assessores. Pelo menos quatro compromissos foram adiados ou cancelados na semana passada, antes, portanto, do episódio. Depois da agressão cometida pelo candidato do PSDB, José Luiz Datena, o influenciador desmarcou várias outras atividades, cumprindo apenas três agendas públicas durante esta semana.

“A cadeirada eu já levei, mas se me derem a cadeira [de prefeito], você vai ver a revolução que vamos fazer nesta cidade. Se não me derem, eu vou contribuir do mesmo jeito e vou tocar a vida”, disse Marçal a um eleitor na semana passada. Mais tarde, em entrevista a um podcast de policiais, ele voltou a considerar a hipótese de não triunfar nas urnas. “Espero o voto do povo para eu servir eles (sic). Se não vier o voto, vou seguir a minha vida em paz.”

 

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