Segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Década de 2030 terá como foco a exploração do planeta Vênus

A década de 2030 será dedicada à exploração de Vênus, conforme disseram os cientistas dedicados ao planeta durante a conferência Lunar and Planetary Science Conference (LPSC), que terminou na sexta-feira (11). Após décadas longe dos holofotes, o vizinho mais próximo da Terra receberá três missões a partir do início de 2030.

Atualmente, apenas uma sonda consegue observar Vênus de perto, a Parker Solar Probe, mas ela é dedicada ao Sol. A última missão a visitar o planeta vizinho foi a Magellan, que terminou em 1994. Agora, NASA e Agência Espacial Europeia (ESA) trabalham para enviar três novas missões para estudar esse mundo.

Os cientistas planetários, dedicados a estudar e aprender mais sobre esse planeta, compartilharam o entusiasmo pela chegada da próxima década durante a conferência. Em vez de apenas imaginar o que poderia ser feito em relação a Vênus, agora eles realmente podem preparar as missões para lá.

Em junho do ano passado, a NASA anunciou duas novas missões a Vênus, VERITAS e DAVINCI, enquanto a ESA tem a missão EnVision. As três estão planejadas para realizar a maior parte de suas observações no início de 2030, com a grande aposta de revolucionar a compreensão do planeta.

Ao longo da LPSC desse ano, diversas apresentações abordaram os mais variados tópicos sobre Vênus: suas estranhas características geológicas, oceanos que não existem mais e a dinâmica de suas nuvens.

Década de Vênus

A missão VERITAS será lançada em 2027, cuja sonda será dedicada a olhar através da espessa camada de nuvens do planeta, fornecendo aos cientistas o primeiro vislumbre direto da superfície de Vênus. Além disso, a VERITAS analisará a composição das rochas, atividade geológica e interior do planeta.

Para Sue Smrekar, principal investigadora da missão, o conjunto de dados que a sonda fornecerá abrirá o caminho para a década de Vênus. Os instrumentos da VERITAS complementarão as informações que serão obtidas pela missão EnVision, da ESA.

Juntos, eles mapearão completamente a superfície rochosa de Vênus com o propósito de identificar algum fluxo de lava ativo. Já a missão DAVINCI, será dedicada a estudar a atmosfera venusiana, espessa e rica em carbono, e deve lançada em 2030.

A missão DAVINCI terá dois componentes vitais: um orbitador e uma pequena sonda atmosférica, que passará uma hora descendo até a superfície de Vênus. Ela pousará em uma região geologicamente complexa, chamada Alpha Regio, cheia de cumes, vales e outros obstáculos.

Os cientistas atribuem a “súbita riqueza de missões” a Vênus a dois eventos. O primeiro, foi o anúncio em 2020 sobre moléculas de fosfina na atmosfera venusiana — aqui na Terra, essa substância essa associada à vida. Tal descoberta estimulou o interesse sobre a habitabilidade do planeta.

Outro evento que contribuiu para a década de Vênus foi o número de exoplanetas parecidos. Agora os cientistas querem entender como esses mundos semelhantes à Terra e ao seu vizinho se formam.

Vale lembrar que a década de 2020 é principalmente dedicada a exploração de Marte, o que vem levando a importantes descobertas sobre o passado geológico do Planeta Vermelho, bem como a presença de água em seu passado e até mesmo o clima marciano nos dias atuais.

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