Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de fevereiro de 2025
Uma parceria entre o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o USFS (Serviço Florestal dos Estados Unidos, na sigla em inglês) foi afetada pelo decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que interrompeu a ajuda norte-americana a outros países.
No dia 20 de janeiro, o republicano determinou que fossem suspensos, por 90 dias, todos os projetos que destinavam recursos para países estrangeiros. Por causa disso, está paralisado o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, que é executado pela USFS desde 2021 e forma brigadistas. O programa também oferece capacitação técnica para profissionais que já atuam na linha de frente do combate aos incêndios florestais.
Foram realizados ao menos 51 cursos e treinamentos em parceria com órgãos como o Ibama, a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) entre 2021 e 2023. Mais de 3 mil pessoas foram treinadas, principalmente mulheres indígenas, que passaram a atuar como brigadistas em seus territórios.
Segundo informações do portal G1, o Ibama confirmou que recebeu um e-mail informando a suspensão das atividades de assistência internacional. O decreto de Trump diz que “deveriam ser suspensas, imediatamente, novas obrigações e desembolsos de fundos […] para países estrangeiros e organizações não governamentais implementadoras, organizações internacionais e contratantes”.
A USFS é uma agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos responsável por administrar cerca de 780 mil quilômetros quadrados de florestas e pastagens nacionais.
De acordo com o site do órgão, sua missão é “sustentar a saúde, a diversidade e a produtividade das florestas e pastagens da Nação para atender às necessidades das gerações presentes e futuras”.
Congelamento da USAID
O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, executado pela USFS, era financiado pela USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional). O órgão, que virou alvo de ataques de Trump, presta ajuda humanitária em mais de 100 países.
No Brasil, a agência prioriza iniciativas de conservação da biodiversidade, redução do desmatamento e o combate aos crimes ambientais nas áreas protegidas da Amazônia, incluindo as terras indígenas.
Em 2024, por exemplo, a USAID destinou US$ 1 milhão para atender as necessidades imediatas das famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.