Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de janeiro de 2023
A data fatal de 6 de janeiro faz lembrar um papelão do Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Para alegria dos lobistas de geradoras e distribuidoras bilionárias de energia, ele impediu a votação de projeto aprovado na Câmara que adiaria por seis meses a vigência da lei 14.300, que reduz as vantagens que o cidadão tinha de investir em geração de energia ou solar. A lei entra em vigor nesta sexta (6). Quem investiu em energia solar reduziu a conta de luz a menos de 10% do valor habitual.
Lobby inescrupuloso
O lobby de geradoras e distribuidoras de energia tenta conter na marra o avanço da energia solar, que já ocupa o 2º lugar na matriz brasileira.
Segundo lugar
Dados da Absolar, entidade do setor, indicam que a fonte solar passou a eólica e alcançou 23,9 GW de potência instalada operacional.
Olha o tamanho
A energia solar trouxe ao Brasil, desde 2012, exatos R$120,8 bilhões em investimentos, gerando mais de 705 mil empregos.
Vergonha, Pacheco
A atitude vergonhosa do presidente do Senado condena à faca cega das contas mensais extorsivas quem estava interessado em investir.
Prates ignora lei que usou contra antecessores
O anunciado presidente da Petrobras, Jean Paulo Prates usou a Lei das Estatais para tentar impedir indicados do governo anterior para o posto, incluindo Caio Paes de Andrade, o último presidente. Na cadeira de senador, herdada de Fátima Bezerra, Prates foi à Justiça tentando anular a indicação de Caio com alegações risíveis e citando a Lei das Estatais, que está prestes a ser anulada para permitir sua própria nomeação. A lei que protege as estatais de políticos que a roubaram nos governos do PT.
Conflito de interesse
O senador também atacou Adriano Pires, outro indicado, por atuar no setor de energia. Mas Prates tem empresas na área de petróleo e gás.
E agora, senador?
A Lei das Estatais usada contra os antecessores impõe a Prates, por ser político, 36 meses de quarentena para assumir empresa pública.
O que diz a lei
A PEC tentou diminuir a quarentena de 36 para 1 mês. Passou na Câmara, mas está na gaveta do Senado. Portanto, valem os três anos.
Indicação imoral
Foi judicializada a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para presidir a Petrobras. Um vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União Brasil), diz que a nomeação fere a Lei das Estatais e é imoral.
Girl power
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), bateu o recorde de mulheres no comando de secretarias no estado, são 13. A marca anterior era de Eduardo Campos (PSB), com quatro secretárias.
O preferido
Apesar de chefiar as Relações Exteriores, o ministro Mauro Vieira não será ouvido por Lula sobre questões de política externa. O ex-chanceler Celso Amorim, que o serpentário chama de “Ameba”, fará esse papel.
Puxadinho
Rejeitado nas urnas pelos pernambucanos, o pedetista Wolney Queiroz deu um jeito de garantir a boquinha em Brasília. Foram dias na cola de Carlos Lupi para garantir a vaga de secretário-executivo da Previdência.
Firula
No discurso de posse como ministra do Planejamento, Simone Tebet falou de tudo, exceto o que interessava saber: nomes técnicos que vão compor a pasta. Por enquanto, ela continua no palanque eleitoral.
Gabinetes
Chegou ao fim a agonia dos deputados para saber o CEP de cada um, na Câmara dos Deputados. A diretoria-geral da Casa divulgou ainda na madrugada desta quinta (5) a lista com o rateio dos gabinetes
Boca fechada
Na reunião ministerial desta sexta, a ordem é evitar divergências entre o que os ministros e o Planalto pretendem. O aviso é endereçado especialmente a Carlos Lupi (Previdência) e Cida Gonçalves (Mulher).
Não tente entender
A Claro TV tem um certo jeito sorvetão de ser: permite que seus boletos sejam pagos com cartão de crédito, mas, quando o cliente vai fazê-lo pela primeira vez, não pode. Alegam que o desavisado não o fez antes.
Pensando bem…
…não há “diferenças políticas” que não sejam superadas com apetitosas boquinhas na Esplanada, como no caso de Simone Tebet.
PODER SEM PUDOR
A apelação de Jânio
Quando se viu sem dinheiro em 1988, na campanha para prefeito de São Paulo, Jânio Quadros resolveu advertir empresários conservadores para a “ameaça comunista” dos adversários Eduardo Suplicy (PT) e, imaginem, de Fernando Henrique Cardoso (PMDB). Reuniu potenciais financiadores que não se impressionavam com a alegação. Jânio explodiu: “Os senhores são tão miseráveis que quando veem um pobre lhe pedem as horas!” Acabou conseguindo todos os recursos de que necessitava.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos