Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 24 de outubro de 2024
O Dia do Produtor de Tabaco é celebrado em 28 de outubro. A data, neste ano, com todas as dificuldades que afetaram os produtores no Rio Grande do Sul, terá um peso especial para os fumicultores do estado. Os gaúchos são os maiores produtores da folha no país. A exportação do produto correspondeu a 11,19% do total do Estado no ano passado.
“O dia a dia no campo é de muitos desafios e esse ano, em especial, queremos deixar nosso abraço fraterno a todos os produtores que sofreram com as enchentes no Rio Grande do Sul. Reforço a mensagem de que, assim como aconteceu em maio, por ocasião das intempéries, estaremos sempre lado a lado em busca de soluções”, comenta Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
O dia 28 de outubro foi definido como o Dia do Produtor de Tabaco na assembleia da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), em outubro de 2012. A data tem relação com a história do tabaco: foi nesse dia que, em 1492, tripulantes da esquadra de Cristóvão Colombo chegaram à ilha que viria a ser Cuba e encontraram nativos em um ritual em que a fumaça das folhas queimadas era inalada através de um tubo.
No Brasil, a data foi instituída oficialmente pelas Assembleias Legislativas do Rio Grande do Sul (Lei 14.208, de março/2013), de Santa Catarina (Lei 16.114, de setembro/2013) e do Paraná (Lei 17.729, de 2013). Atualmente, é celebrada por mais de 130 mil famílias produtoras de tabaco nos três Estados.
A integração existente entre produtores e indústrias é uma história centenária, contada por várias gerações de famílias produtoras, e faz com que o tabaco brasileiro esteja entre os mais requisitados por clientes de todo o mundo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e, desde 1993, o maior exportador global, graças à integração entre produtores e indústrias, que garante uma produção de alta qualidade e sustentável. O Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT), que é um dos pilares do agronegócio do tabaco, é um modelo de sucesso que fortalece toda a cadeia produtiva — do campo ao cliente final. O sistema promove o desenvolvimento sustentável, considerando os aspectos econômicos, sociais e ambientais.
“Seguiremos escrevendo uma história que preconiza não apenas vantagens comerciais para todos os envolvidos, mas que tem importantes parágrafos em torno da preservação ambiental, do combate ao trabalho infantil, saúde e segurança no trabalho, além da diversificação das propriedades. É a consciência de que a parceria estabelecida não é apenas para a entrega de um produto, mas da produção sustentável, que integra objetivos reais das famílias envolvidas, visando sempre a qualidade de vida”, reforça Thesing.
Produtores optam pelo tabaco por qualidade de vida
Mesmo diante de críticas ao produto final, os produtores continuam escolhendo o tabaco como sua principal cultura. Segundo estudo realizado pelo Centro de Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2023, os produtores de tabaco têm renda 140% maior que a média nacional. O blog Empreendedores do Campo traçou os diferenciais da qualidade de vida de quem produz as folhas. Confira aqui: sinditabaco.com.br/blog
Exportações fortalecem a economia brasileira
Em 2023, o Brasil exportou 512 mil toneladas de tabaco, gerando uma receita de US$ 2,729 bilhões. O produto chegou a 107 países, com destaque para a União Europeia, que respondeu por 42% do total exportado, seguida de Extremo Oriente (31%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (8%) e América Latina (8%). Bélgica, China, Estados Unidos e Indonésia continuam no ranking de principais importadores. A participação do tabaco nas exportações foi de 0,80% no Brasil, 4,51% na Região Sul e, no Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor, chegou a 11,19%.
Sobre o SindiTabaco
Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde mais de 98% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br