Domingo, 10 de novembro de 2024

Diástase abdominal: entenda a condição que faz a barriga das mulheres aumentar

Quando se fala em diástase abdominal – a separação dos músculos retos abdominais – a maioria das pessoas associa o problema às mulheres no pós-parto. E de fato ele é comum neste grupo, atingindo cerca de 33% das mulheres um ano depois do parto. No entanto, estudos internacionais recentes apontam que o percentual passa para 40% em mulheres na faixa dos 50 anos e para 52% na pós-menopausa.

A diástase abdominal pode ocorrer nas mulheres, nos homens e em crianças. A barriga fica projetada para frente – tanto para baixo quanto para cima da região umbilical – e há um abaulamento mais predominante acima do umbigo. Muitas mulheres que sofrem de diástase dizem que, mesmo anos após a gestação, continuam com a aparência de grávida.

Fortalecer a musculatura é sempre bom, mas não é garantia de que a paciente não terá o problema, que tem a ver também com a constituição do indivíduo, especialmente com as fibras elásticas.

A fisioterapia pode ajudar a corrigir os casos mais brandos, apesar de não haver comprovação científica. Mas tanto médicos quanto fisioterapeutas são unânimes ao afirmar que a fisioterapia também ajuda no pré-operatório e no pós-cirúrgico, com melhores resultados.

A cirurgia de correção, que pode ter cobertura pelos planos de saúde, é recomendada para mulheres que não pretendem mais ter filhos.

O cirurgião Dov Charles Goldenberg, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o termo diástase dos retos abdominais se refere ao afastamento de dois músculos que compõem uma série de elementos musculares da parede abdominal.

A fisioterapeuta Lívia Piccirillo, do Ambulatório de Oncologia do Hospital Municipal Vila Santa Catarina, unidade pública administrada pelo Einstein, esclarece que a diástase ocorre na gestação e é fisiológica, mas tende a regredir no pós-parto. Ela acrescenta que considera uma diástase patológica quando o afastamento do músculo reto abdominal tem mais de três centímetros.

Causas

Estudos apontam que não há consenso sobre os fatores de risco, mas sucessivas gestações, aumento do índice de Massa Corporal (IMC) e diabetes são os mais plausíveis. Nas mulheres, o mais comum é a diástase surgir no período pós-gestacional – quando ocorre um ganho muito grande de peso, seguido de uma perda excessiva de peso. Mas esse ganho e perda em excesso também pode ocorrer nos homens.

Parto normal 

Durante todo o período gestacional, existe um aumento da quantidade de água nos tecidos, cujo objetivo principal é torná-los mais maleáveis, exatamente para suportar o crescimento do bebê, segundo Goldenberg. O médico explica que existe uma relação um pouco maior da presença da diástase no pós-parto normal porque a maioria dos partos normais ocorre de fato no final dos períodos gestacionais, em torno da quadragésima semana. “Alguns estudos falam da força feita, mas isso é muito discutível”, acrescenta o cirurgião.

O uso ou não de cinta no pós-parto divide opiniões. A comunidade médica costuma defender o uso delas para que a paciente evite fazer muita força em um momento de fraqueza muscular. Já os fisioterapeutas costumam condenar o uso das cintas justamente por acreditarem que é sem esses acessórios que as mulheres conseguem voltar a fortalecer a musculatura e recuperar a força na região.

Cirurgia

O exame clínico em consultório permite a avaliação da existência ou não da diástase e a ultrassonografia da parede abdominal mostra o tamanho dela, além de problemas como as hérnias. A diástase e as hérnias também podem ser identificadas com tomografias e ressonâncias magnéticas.

No pré-operatório da correção da diástase, os exames fundamentais são a ultrassonografia da parede abdominal e do abdômen, para a avaliação em conjunto com outros possíveis problemas, como cálculos na vesícula biliar, mioma e cistos, por exemplo.

A abdominoplastia é nome genérico para qualquer tipo de plástica abdominal e ela pode incluir a correção de diástase, a retirada de pele (dermolipectomia) e retirada de gordura (lipoaspiração). Em geral, essa cirurgia combinada dura cerca de cinco a seis horas. As informações são do G1.

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