Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de dezembro de 2024
Há poucos dias para a chegada do verão, é comum vermos academias mais cheias de pessoas buscando o “corpo ideal”, motivado principalmente pela exposição ao sol, à praia e às roupas leves. No entanto, mais do que focar apenas na estética, é fundamental adotar hábitos que promovam saúde e bem-estar de forma sustentável. Por isso, as dietas anti-inflamatórias ganham destaque, pois ajudam não apenas na redução de inchaços e retenção de líquidos, mas também no fortalecimento do organismo, promovendo uma sensação de leveza e disposição.
Para entender melhor como essa abordagem pode beneficiar o corpo e a saúde neste verão, o Dr. Christian Aguiar, especialista em medicina natural e suplementação, traz dicas e orientações práticas para incorporar a dieta anti-inflamatória ao dia a dia.
Regras básicas de uma dieta anti-inflamatória
O especialista começa listando algumas regras básicas que todos que desejam iniciar uma dieta anti-inflamatória devem saber. A primeira delas é saber as janelas de horários que se deve comer. “Entre o jantar e o café da manhã do próximo dia, ou entre a última refeição do dia e a primeira refeição do dia seguinte, deve ter uma janela de pelo menos 12h sem comer. Além disso, prefira jantar antes das 20h e não coma nada na primeira hora após acordar”, ensina Aguiar.
Outra dica dada pelo especialista é começar as refeições pelas folhas, em seguida as proteínas e os carboidratos no fim. Além disso, ele ressalta a importância de uma boa mastigação, pois o alimento quando não é bem triturado pode “apodrecer” no nosso intestino causando disbiose.
Quais alimentos evitar?
Açúcar: de acordo com Aguiar, o açúcar é um dos maiores vilões da inflamação, seja ele mascavo, demerara, branco e até mesmo adoçantes. O mel em excesso também deve ser evitado.
Óleos refinados: óleo de soja, milho, girassol, canola, todos são gorduras inflamatórias. A margarina também, de qualquer tipo, está inclusa nesta lista.
Farinhas refinadas: pão branco, macarrão comum, bolos e biscoitos viram açúcar muito rápido no sangue. Por isso, devem ser evitados.
Grãos com Glúten: o glúten é capaz de inflamar o intestino mesmo em pessoas que não são celíacas. Portanto, evite alimentos com trigo, centeio e cevada.
Ultraprocessados: salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, suco de caixinha, embutidos e hamburgueres processados não deveriam nem ser considerados alimentos.
Frituras: alimentos fritos em óleos refinados principalmente devem ser cortados do seu cardápio. O calor transforma as gorduras em substâncias tóxicas, de acordo com o especialista.
Laticínios A1: leite e queijos de vacas comuns possuem um tipo de proteína que pode ser inflamatório.
Álcool: o álcool é um grande vilão quando o assunto é inflamação, principalmente destilados e cerveja. O vinho tinto pode ser tolerado, mas em doses bem baixas, pois se for consumido em grande quantidade, também inflama.
Quais alimentos priorizar?
Dr. Christian orienta priorizar o consumo de alimentos de verdade, isto é, diretos da natureza.
Vegetais: brócolis, couve-flor, couve, berinjela, rúcula, agrião, batata doce, abóbora, cenoura. Os vegetais são cheios de substâncias que protegem o nosso corpo.
Frutas: uva, morango, abacaxi, amora, laranja, ameixa, limão, abacate. Frutas sempre inteiras e frescas. Opte pelas frutas vermelhas, que são excelentes anti-inflamatórias naturais.
Castanhas e nozes: amêndoas, nozes pecã e pistache são ricas em ômega-3 e antioxidantes. Não exagere na castanha do pará e modere no amendoim e castanha de caju, pois em excesso, se tornam inflamatórias.
Temperos: a cúrcuma, canela, orégano, páprica, cominho, pimenta preta e gengibre são ótimos para diminuir a inflamação.
Bebidas: invista em bebidas como chá verde, mate, de camomila e erva cidreira. Iogurte natural, kombucha e kefir também são opções de bebidas fermentadas que ajudam na inflamação.
Peixes gordurosos: salmão selvagem, sardinha, arenque, cavala, linguado, e anchova são fontes de ômega-3. Peixes pequenos como sardinha também devem estar no seu cardápio, pois possuem menos mercúrio.
Carnes e ovos: prefira carnes vindas de animais alimentados soltos em pasto, como gado angus a pasto e frango caipira verdadeiro. Evite carnes de animais confinados sempre que possível.
Laticínios A2: queijos, iogurte natural, kefir, manteiga ghee. Procure produtos feitos com leite A2, que vem de gado selecionado, ovelhas, búfalas e cabras. Eles são mais fáceis de diferir do que produtos de leite comum.
Dicas finais
Dr. Christian aconselha optar por alimentos sempre orgânicos, por terem menos agrotóxicos.
“Essa dieta copia o jeito que nossos avós comiam. É cheia de nutrientes bons e tem pouca coisa que inflama. Comece devagar, colocando um alimento novo por vez. Preste atenção como seu corpo reage. Logo, você terá mais energia, humor e menos dores”, afirma o especialista.