Sábado, 28 de dezembro de 2024

Dilema de Moro é garantir mandato para se proteger

O ex-ministro Sergio Moro foi aconselhado a buscar opção partidária robusta, como o novo União Brasil, por uma razão óbvia: inviabilizado o seu projeto presidencial, ele precisará garantir a proteção que só o mandato confere, para se proteger de retaliações e perseguições, por Lula ou Bolsonaro. Ele nega intenção de disputar a Câmara, por enquanto, mas poderá adotar esse o caminho, até porque sua vitória é certa e ajudaria a eleger candidatos do novo partido, no voto de legenda.

Eleitor de primeira

Se Moro optar pela Câmara, o União Brasil espera eleger ao menos quinze deputados. Sem Moro, não passariam de oito.

Perseguição certa

Os aliados dão como certa implacável perseguição a Moro no caso de vitória de Lula, que o ex-juiz meteu na cadeia por corrupção.

Chance reduzida

Os amigos de Moro temem menos eventual retaliação de Bolsonaro no futuro, até porque já a teria iniciado em seu primeiro governo.

Privilégio protetor

É curioso que a busca da proteção do mandato põe em xeque as críticas de Moro ao foro privilegiado, que ele já prometeu extinguir.

Vacina: no Brasil, 85% receberam ao menos uma dose

O Brasil atingiu nesta sexta-feira (1º) a marca de 85% de toda a população de mais de 213 milhões com ao menos uma dose de vacina contra a covid. São mais de 181 milhões de brasileiros vacinados, praticamente toda a população da Europa ocidental. Os profissionais de saúde aplicaram segundas doses em 155,4 milhões de brasileiros (mais de 75,3%) e outros 78 milhões já receberam uma dose de reforço.

Muito mais

Os dados do vacinabrasil.org mostram que o Ministério da Saúde já disponibilizou 435 milhões de doses de vacinas aos Estados.

Quase um país

A maior parte das vacinas brasileiras foram aplicadas em São Paulo: quase 42 milhões de pessoas receberam uma dose no estado.

Média alta

Apesar do arrefecimento da pandemia, o Brasil ainda mantém uma média superior a 650 mil doses aplicadas todos os dias.

Batendo sua carteira

A decisão picareta que aumentou os preços dos remédios, acrescenta à inflação percentuais de três incompreensíveis “fatores”: X) “expectativa de ganhos futuros de produtividade da indústria farmacêutica”, Y) “gastos de produção não captados pelo IPCA”; e Z) “preços relativos intrassetor”.

Assim é, se lhe parece

A velha guarda tucana ainda conspira contra João Doria. O suplente Zé Aníbal, ironizou os 2% ou 3% de Doria, seu inimigo, e apontou as opções de Simone Tebet e Eduardo Leite, empacados em 1% nas pesquisas.

Vapt-vupt

O senador Eduardo Girão considerou “uma vitória” obter assinaturas de 27 senadores para votar no plenário o requerimento para ministros do STF irem ao Congresso explicar decisões. “Em menos de 24h”, disse.

F de fujão

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, que, filiado ao PP, decidiu abandonar a política no fim do ano, ganhou no Palácio do Planalto um apelido nada lisonjeiro de ex-admiradores do 3º andar: “Fujão”.

Ladrão com fã clube

Viralizou um “meme” nas redes sociais sobre política, reforçando a ideia de que este País não é para amadores: “ladrão tem em todos os países, mas só no Brasil ladrão tem fã clube”.

Fechou a janela

O DC (Democracia Cristã, ex-PSDC), o PMN e o PTC (ex-Partido Jovem e ex-Partido da Renovação Nacional, que ainda vai mudar de nome para “Agir”) já não têm representantes na Câmara dos Deputados.

O bem contra o mal

O aumento nas contas de luz pelo uso excessivo de termelétricas fez o total de residências e comércios abastecidos de energia solar mais que dobrar em apenas 12 meses: foi de 511 mil a 1,1 milhão, diz a Absolar.

Potencial ocioso

Análise do Portal Solar afirma que a geração de energia fotovoltaica tem potencial para ocupar 2,6 milhões de residências, principalmente pelas duas estações bem definidas, e aliviar o sistema no Centro-Oeste.

Pensando bem…

…é prática comum entre políticos esticar o 1º de abril até o dia das eleições.

PODER SEM PUDOR

Barrinhas no discurso

Ao defender seu cliente Duda Mendonça na tribuna do Supremo Tribunal Federal, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (“Kakay”) reclamou da dificuldade de enfrentar o procurador-geral da República, destacando que enquanto Roberto Gurgel toma cafezinho com os ministros, ele não tem acesso nem mesmo a barrinha de cereais. Assistentes do colega dele José Luís de Oliveira Lima, que defende José Dirceu, não resistiram à brincadeira: compraram-lhe uma barrinha de cereais. Mas, ao entregá-la, Kakay agradeceu e recusou: “Eu não gosto de barrinhas de cereais…”

(Com colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)

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